O Redmi Pad 2 da Xiaomi chegou ao mercado no início de junho e como uma atualização ao bem-sucedido Redmi Pad original. A Xiaomi melhorou vários atributos, mas manteve um preço competitivo bastante amigo da carteira.
Nas últimas semanas, o Redmi Pad 2 funcionou como o meu segundo ecrã, tanto na hora de trabalhar como nos momentos de lazer. O novo tablet vinha acompanhado de uma capa protetora e da Redmi Smart Pen. Agora é chegado o momento de te contar toda a experiência.
Unboxing
Ao abrir a caixa, vimos o Redmi Pad 2 em destaque, claro. Uma pequena exploração traz-nos a surpresa de vermos que – possivelmente a título excecional – o carregador está incluído. A fechar a lista de itens na caixa está um cabo de carregamento USB-A para USB-C.
Tal como já foi referido, para este teste foi também fornecido pela Xiaomi uma capa protetora para o tablet e a Redmi Smart Pen. O Redmi Pad 2 conta com suporte para a caneta digital. Tudo ligado e a funcionar; que comece então o teste.
Design e construção
O Redmi Pad 2 segue a estética do modelo anterior com um design sóbrio e de linhas direitas e simples. As laterais são planas, mas os cantos arredondados. Tal confere-lhe estilo, mas tornam-no também muito confortável e fácil de manusear.
A contribuir para este conforto na utilização estão a sua espessura elegante de 7,7 milímetros e o seu peso de 516 gramas. Este meio quilo parece mais pesado do que efetivamente é; no entanto, numa utilização prolongada percebemos que é melhor que esteja pousado ou na capa.
O painel traseiro em metal fosco também lhe dá bastante estilo, além de o tornar robusto e capaz de enfrentar os desafios da utilização diária. Sofre ligeiramente com dedadas, mas nada que lhe retire o look sedutor.
O modelo em teste era de cor cinzenta o que o torna sóbrio e adequado para ser exibido em qualquer lugar ou ocasião. Nesta segunda iteração do Redmi Pad, a Xiaomi optou por manter a mesma estética do modelo anterior e ainda bem.
O tablet não só é confortável e fácil de utilizar, como tem uma qualidade de construção resistente a ocasionais percalços. Mas o melhor é que é também muito elegante, exibindo um design premium que será difícil de igualar nesta faixa de preço.
Ecrã e áudio
O Redmi Pad 2 está equipado com um ecrã LCD de 11 polegadas que fornece uma resolução de 2560 por 1600 pixéis, uma taxa de atualização de 90 Hz e um brilho máximo de 600 nits.
A experiência de visualização é boa. O ecrã fornece cores reais e vívidas e o tamanho de 11 polegadas fornece um campo de visualização amplo, seja em modo vertical ou horizontal. Todas estas especificações funcionam muito bem na altura da produtividade.
Quando passamos aos momentos de lazer é que constatamos que há aqui arestas a limar. Nomeadamente, a retroiluminação que é irregular; no centro do ecrã tudo a funcionar bem, mas nas extremidades tudo parece mais escuro.
A taxa de atualização de 90 Hz não nos faz esperar pelas novidades no feed das redes sociais, mas claro que taxas superiores fornecem uma navegação mais fluida e rápida. Contudo, é preciso referir que não será suficiente para alguns jogos mais exigentes.
Por sua vez, o brilho de até 600 nits funciona surpreendentemente bem em ambiente exterior. Confesso que esperava fazer mais ginástica com o ecrã até encontrar a posição ideal para melhor visualização. Mas não foi preciso nada disso. O Redmi Pad 2 está aprovado para ser utilizado fora de portas.
Outra surpresa que o novo tablet esconde são as quatro colunas com suporte para Dolby Atmos. O som é de boa qualidade, com as vozes a surgirem nítidas e claras e os graves com uma profundidade maior do que esperado. Mesmo no volume máximo, o Redmi Pad 2 não sofre com distorção.
Há que salientar ainda que o Redmi Pad 2 inclui uma entrada áudio 3,5 mm para auscultadores. Portanto, podes estar imerso no teu mundo, sem que ninguém perceba que estás a ouvir (ou ver) aquele “guilty pleasure” que pode mesmo envergonhar.
Desempenho e interface
O Redmi Pad 2 chega a executar HyperOS 2, baseado em Android 15, e equipado com o processador Helio G100 Ultra da MediaTek. Mais duas atualizações face ao antecessor. O modelo em teste integra 8 GB de memória RAM e 256 GB de capacidade no armazenamento interno, a versão mais avançada.
O Redmi Pad 2 fornece um desempenho sólido. Lida bem com a alternância entre aplicações e com tarefas de produtividade menos complexas, como por exemplo processamento de texto. O mesmo se aplica à sua vertente de entretenimento.
Fornece uma boa experiência em streaming de vídeo e em alguns jogos menos complexos. Estamos perante um tablet de entrada de gama que não está (e também não devia estar) preparado para lidar com jogos muito exigentes.
Mas para títulos do género arcade ou puzzle, é dos melhores equipamentos que já testei. Em resumo, o Redmi Pad 2 fornece um desempenho sólido e uma navegação rápida e fluida, mas não o ponhas à prova com jogos exigentes ou tarefas para equipamentos topo de gama.
Quanto à interface, aqui temos a HyperOS 2, baseada em Android 15. Para quem está familiarizado com o ambiente Xiaomi, é um passeio no parque, com o sistema a fornecer uma experiência suave.
Mas temos o reparo que já é habitual: terás de lidar com algum bloatware. A Xiaomi tem vindo a melhorar em quantidade, mas ainda temos de investir algum tempo a desinstalar apps que não são necessárias.
Acessórios: capa e Smart Pen
Neste teste tivemos oportunidade de experimentar a capa do Redmi Pad 2, assim como a Smart Pen da Redmi. A capa é rígida e permite colocar o tablet em modo paisagem. É sempre muito útil na hora de ver a nossa série de eleição e até mesmo em alguns jogos. Mas não fecha de forma magnética, nem inclui uma slot para guardares a Pen, infelizmente.
A Smart Pen da Redmi, por sua vez, conta com dois botões personalizáveis, emparelha facilmente com o tablet e carrega via porta USB-C incluída. Funciona às mil maravilhas no ecrã do Redmi Pad 2, com o painel e a ponta da caneta a serem bastante responsivos. Traz consigo bicos extra, o que é muito bem-vindo.
Infelizmente, o Redmi Pad 2 também não inclui no seu chassis uma slot para guardares esta pequena maravilha; por isso muito cuidado para não a perderes. Talvez numa próxima iteração, a Xiaomi resolva esta ausência.
Câmara
As câmaras não são exatamente o ponto forte dos tablets e não faz mal, porque ninguém quer mesmo andar com um ecrã de 11 polegadas a fotografar na rua durante umas horas. E o Redmi Pad 2 cumpre com a integração dessa capacidade com uma câmara traseira de 8 megapixéis no painel traseiro e uma de 5 megapixéis na zona frontal. Ambas gravam vídeo a 1080p a 30 frames por segundo.
Ambas funcionam tão bem como seria de esperar com estas especificações. Vão servir bem para videochamadas e uma ou outra imagem que precises de captar com mais urgência. Mas não estamos perante sensores para captar momentos para a posteridade.
Bateria e carregamento
O Redmi Pad 2 é alimentado por uma bateria de 9.000 mAh. Esta é uma das atualizações face ao modelo anterior que está equipado com uma célula de 8.000 mAh. A duração de bateria é bastante razoável, com o Redmi Pad 2 a aguentar um dia inteiro a trabalhar intensivamente.
Streaming de vídeo, fotos, jogos e claro, redes sociais e consultas ao mail envolvidas, assim como uma foto ou outra. Tudo somado tivemos 11 horas e mais uns pozinhos de vida útil de bateria.
O Redmi Pad 2 conta com carregamento com fios de 18 watts e traz consigo um carregador. Este é, possivelmente, o senão maior a apontar-lhe. Este tablet demora a carregar. Num quarto de hora, apenas conseguimos 8% de energia. Terás de esperar aproximadamente três horas para o carregar na totalidade.
Para quem é o Redmi Pad 2?
Pelas suas especificações e preço competitivo (a partir de 199,99 €), o Redmi Pad 2 é um bom equipamento para seniores e juniores; ou como quem diz, utilizadores na idade de ouro e crianças.
É fácil e confortável de usar e as suas especificações respondem, na perfeição, a estes dois públicos-alvo. O seu design elegante vai agradar a graúdos enquanto a sua construção robusta tem mais hipóteses de resistir bem aos miúdos.
Mas também funciona muito bem como segundo ecrã de entretenimento para qualquer idade. O seu painel fornece uma boa experiência de visualização e a entrada áudio 3,5 mm permite ouvir tudo em privado.
Conclusão
A Xiaomi teve sucesso com o Redmi Pad original e tudo leva a crer que tenha também sucesso com o Redmi Pad 2. Esta segunda iteração chega com as atualizações necessárias para transportar o tablet para a atualidade. Um processador mais potente, software atualizado, uma bateria maior são algumas das melhorias que vinham mesmo a calhar.
O ecrã fornece uma experiência boa de visualização, aparte a retroiluminação ser um pouco irregular, o que faz com que os cantos fiquem mais escuros. O áudio, por seu lado, é uma boa surpresa com as quatro colunas a debitarem som nítido com graves sólidos e vozes cristalinas.
O design elegante e sóbrio confere-lhe um estilo premium e a construção robusta dá-lhe a resistência necessária para enfrentar a utilização diária. A interface é a da Xiaomi com o habitual bloatware, mas intuitiva de usar. O desempenho é sólido e a autonomia é boa. Mas este tablet demora a carregar.
Em resumo, é um bom tablet de entra de gama, com as especificações necessárias para funcionar como segundo ecrã. É uma boa compra para utilizadores com menos exigências e mais direcionado para a visualização de conteúdos do que para gaming. Contas feitas é uma compra sólida para carteiras, cujo orçamento esteja limitado a 250 €.
