Xiaomi Redmi 6A pode desapontar os utilizadores devido ao SoC Mediatek

Rui Bacelar
Rui Bacelar
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Conhecido pelo seu nome de código Xiaomi Cereus, o smartphone Android tem sido apontado como o sucessor do Redmi 5A. Posto isto, acreditamos que este seja efetivamente o próximo Xiaomi Redmi 6A. Mais ainda, o terminal já foi avistado na famosa plataforma de testes e benchmarks, a Geekbench. Aí revelaria um novo processador MediaTek.

Seria nesta plataforma onde ficamos a conhecer, aqui, todas as suas características técnicas, inclusive algumas que podem desapontar. Apesar de sabermos que este será um smartphone Android extremamente económico, há sempre margem para melhoria. Mais ainda, os processadores da MediaTek não serão propriamente um trunfo para o marketing e vendas do produto.

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Ainda assim, temos que situar este Xiaomi Redmi 6A. É um smartphone de gama baixa, gama de entrada ou simplesmente low-end. Ora, isto implica que alguns (ou vários) sacrifícios tiveram que ser feitos. Tudo isto para manter o eventual preço de venda bastante competitivo.

Ainda assim, este processador MediaTek no Xiaomi Redmi 6A possuirá uma frequência máxima de processamento a 2.0Ghz. Não será de todo o "motor" mais potente do mercado. Todavia, acreditamos que, juntamente com 3GB de memória RAM possa proporcionar uma experiência de utilização minimamente fluída e agradável.

Mediatek MT6765 será o SoC do Xiaomi Redmi 6A

Por SoC entenda-se system-on-chip com todos os componentes e respectiva gráfica. Aqui, no Xiaomi Redmi 6A será um MediaTek nunca antes visto, um novo processador da fabricante asiática com 8 núcleos de processamento, portanto um octa-core. Mais ainda, o smartphone já utilizará a mais recente versão do sistema operativo Android, o Android Oreo 8.1 com a interface MIUI 9.5, da própria marca. Em seguida podemos ver o registo das suas características na plataforma Geekbench.

Software - Android Oreo com a MIUI 9.5

Com um valor máximo de frequência de processamento (pico) a 2.0Ghz, apesar de ser um mal amado MediaTek a sua performance poderá surpreender. Mais uma vez, tendo em conta a presença de 3GB de memória RAM e do sistema operativo Android Oreo 8.1. Todos estes factores a trabalhar em conjunto conseguirão certamente dar-nos uma experiência de utilização agradável.

Note-se que o antecessor do Xiaomi Redmi 6A ainda é bastante recente. Com efeito, o Xiaomi Redmi 5A foi lançado no passado mês de novembro de 2017. Posto isto, tendo em conta o atual calendário, a frequência de atualização e renovação de modelos da marca, consideramos que ainda seja cedo para um Redmi 6A. Ainda assim, é provável que a marca esteja já a testar novos processadores ou simplesmente novas variantes para o produto já existente.

Ficaremos satisfeitos com este processador MediaTek?

Provavelmente sim, apesar de não ser nem de perto tão famoso ou cobiçado como as alternativas da Qualcomm. Ainda assim, sabemos que tanto a Xiaomi como a MediaTek estão a trabalhar em parceria para o desenvolvimento de novos produtos. Consequentemente é normal que surjam novos dispositivos, alguns que provavelmente nunca sairão da fase de protótipo.

Já a nível de pontuações na plataforma Geekbench, apesar de não impressionarem, as pontuações deste Xiaomi com "coração" MediaTek também não desiludem. Em boa verdade, são apenas ligeiramente superiores às dos seus antecessores. Mais concretamente os Redmi 5A equidos com o Snapdragon 425 da Qualcomm ou mesmo o Redmi 4A.

Em última análise, esta parceria entre a Xiaomi e a MediaTek resultará em smartphones mais baratos para o consumidor. Algo que será seguramente apreciado nos mercados em que a Xiaomi mais se tem destacado, os mercados emergentes como a Índia. Já por outro lado, para o mercado europeu considero extremamente improvável que chegue com o processador MediaTek.

Em última análise, em questão estão as dificuldades de atualização dos smartphones equipados com SoC's da MediaTek. Algo que certamente os consumidores não esqueceram perante experiências passadas.

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Rui Bacelar
Rui Bacelar
O Rui ajudou a fundar o 4gnews em 2014 e desde então tornou-se especialista em Android. Para além de já contar com mais de 12 mil conteúdos escritos, também espalhou o seu conhecimento em mais de 300 podcasts e dezenas de vídeos e reviews no canal do YouTube.