Donald Trump saiu recentemente da Casa Branca, mas antes de sair voltou a atacar um punhado de empresas chinesas. Uma das visadas foi a Xiaomi que, ao ser colocada na lista negra dos EUA, vê-se impedida de receber investimento americano.
Em consequência da decisão da anterior administração, a Xiaomi move agora um processo judicial contra os EUA. A notícia é avançada pela Bloomberg e refere que a motivação da empresa chinesa é anular a decisão de Donald Trump.
Xiaomi alega que decisão de a colocar na lista negra americana é inconstitucional
Quando foi conhecida a decisão da anterior administração contra mais nove empresas chinesas, a Xiaomi afirmara a sua intenção de tomar as medidas necessárias. A primeira delas é agora conhecida e coloca os EUA a braços com um novo processo judicial.
A Xiaomi pretende com esta ação anular a decisão que a administração Trump tomou antes de deixar o poder, afirmando que a mesma é inconstitucional. O tom da tecnológica chinesa é sério e afirma que "A Xiaomi enfrenta danos iminentes, graves e irreparáveis se a Designação permanecer em vigor e as restrições entrarem em vigor".
Curiosamente, esta ação judicial coloca no banco dos réus os atuais Secretários da Defesa e do Tesouro. Esta decisão causa estranheza pelo facto de estes terem sido nomeados pela atual administração Biden, ou seja, nada tiverem que ver com os factos que moveram este processo.
Banimento imposto à Xiaomi difere daquele que afeta a Huawei
Importa clarificar a diferença que existe entre as sanções impostas à Huawei e as mais recentes que visam a Xiaomi. Enquanto a primeira vê-se impedida de aceder a tecnologia essencial para os seus produtos. a Xiaomi continua a poder usar o Android e componentes americanos.
A lista negra que a Xiaomi integra visa impedir investimento de empresas americanas nas entidades visadas. Ademais, a ordem obriga todos os que tenham participação nas mesmas a vender as ações até 11 de novembro de 2021.
O que motivou esta posição são alegadas ligações da Xiaomi e outras conterrâneas suas ao exército chinês. Acusações prontamente refutadas pela tecnológica chinesa afirmando operar em conformidade com a lei e regulamentos relevantes das jurisdições onde conduzem os nossos negócios.
Editores 4gnews recomendam:
- CEO da Xiaomi revela as aplicações que mais usa no smartphone
- Xiaomi Mi 11 Pro terá na sua bateria um dos seus grandes trunfos
- Xiaomi: coluna inteligente com Google Assistant chegou a Portugal