Xiaomi patenteia dois smartphones dobráveis que provavelmente nunca serão lançados

Carlos Oliveira
Carlos Oliveira
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A Xiaomi submeteu recentemente junto da Administração Nacional da Propriedade Intelectual da China dois conceitos para possíveis smartphones dobráveis. Apesar de não serem duas ideias completamente desconhecidas, não se acredita que alguma possa ser a escolha da empresa para o seu produto.

A Xiaomi ainda não entrou no mercado dos smartphones dobráveis. Por isso, qualquer patente relacionada que a empresa subscreva é olhada com atenção, pois pode conter pistas sobre o que esperar do futuro.

Uma das patentes remete-nos para o Huawei Mate X

O primeiro documento sobre o qual nos debruçaremos documenta um smartphone que dobraria horizontalmente e o ecrã ficaria constantemente exposto. Basicamente, temos o mesmo conceito usado pela Huawei no seu Mate X.

Quando aberto teríamos um equipamento com uma tela acima das 8 polegadas. Uma dimensão que se aproxima mais de um tablet que de um smartphone. Quando dobrado, a sua dimensão seria naturalmente mais ergonómica.

O grande senão desta abordagem é a constante exposição do seu ecrã, algo que potencia a fragilidade do equipamento. Alguns podem comparar esta exposição com os atuais smartphones convencionais, porém, o custo de reparação deste ecrã seria substancialmente superior.

Outra ideia traz-nos um Moto Razr com ecrã sempre exposto

A ideia de um smartphone dobrável em formato concha parece ser o mais consensual, mas nunca da forma como a Xiaomi o idealiza nesta patente. Imagina um Moto Razr, mas com o ecrã a não dobrar para dentro.

Ou seja, dobrar este modelo seria exclusivamente para o tornar menor. Isto porque o seu ecrã estaria constantemente virado para fora, logo, lá se vai o trunfo da proteção deste precioso componente.

Adicionalmente, o módulo da câmara deste smartphone seria uma interrupção para o ecrã. A imagem divulgada mostra-nos um módulo semelhante ao do iPhone X - com duas câmaras e um flash - num "buraco no ecrã".

Este sim, é um conceito que dificilmente vemos razões para se materializar. Sobretudo pelo uso de um "buraco no ecrã" para a sua câmara dupla e respetivo flash.

Se a Xiaomi se deu ao trabalho de patentear estas ideias é porque, a certa altura, os seus engenheiros idealizaram equipamentos com este design. Olhando para o atual panorama dos smartphones dobráveis, diria que nenhuma destas patentes se tornaria num dispositivo triunfante para a empresa chinesa.

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Carlos Oliveira
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No 4gnews desde 2015, escreve e acompanha as últimas tendências, sobretudo smartphones, para que os leitores estejam sempre bem informados.