Com o lançamento do Mi 11, a Xiaomi decidiu inspirar-se na estratégia de lançamento da Apple com os iPhone 12, decidindo remover o carregador da caixa do seu novo topo de gama. No entanto, ao contrário do que fez a Apple, a fabricante decidiu lançar duas versões do Xiaomi Mi 11, uma com carregador e outra sem.
Durante tempo limitado (na China), as duas versões do Mi 11 são vendidas exatamente com o mesmo preço, colocando nas mãos dos utilizadores a decisão de ajudar o ambiente.
Após terem confirmado que venderam 350.000 unidades do smartphone apenas em 5 minutos, a fabricante revelou que destas vendas, apenas 20.000 unidades corresponderam ao modelo que chega sem carregador. Estes números vêm apenas confirmar o que todos já sabíamos, para os utilizadores um smartphone sem carregador na caixa não faz sentido.
Além de ser muito provável que os utilizadores não tenham um carregador com capacidade para carregamento a 55W em casa, é sempre um extra bem-vindo poder ter mais que um carregador oficial disponível em casa.
Xiaomi teria de tornar mais aliciante a "oferta" do Mi 11 sem carregador
Caso o objetivo da fabricante fosse realmente conseguir convencer os seus utilizadores a não adquirirem o Xiaomi Mi 11 sem carregador, teriam de o ter feito de forma mais aliciante.
Dos 330.000 utilizadores que compraram o Mi 11 com carregador incluído, certamente que muitos deles até já têm um bom carregador em casa. Mas, a adição de um carregador extra em casa nunca é demais. Por isso, para que estes utilizadores ponderassem não incluir o carregador na sua compra, a fabricante devia ter oferecido um extra com o smartphone, fosse ele uma powerbank ou uma capa protetora.
Curiosamente, na publicação feita através da rede social chinesa Weibo, o CEO da Xiaomi revela que já estudavam a ideia de remover o carregador da caixa dos seus smartphones desde 2015, decidindo apenas agora levar a ideia para a frente.
Apple, Xiaomi e Samsung estão longe de ser as primeiras a remover o carregador
Ainda que a Apple esteja a ser considerada "a pioneira" nesta nova estratégia de remover o carregador da caixa dos seus smartphones, isso está longe de ser verdade.
Em 2013, a Motorola foi a primeira a optar por excluir o carregador da caixa do primeiro Moto G. No entanto, a fabricante nunca escondeu que o objetivo era mesmo conseguir reduzir o preço do smartphone o máximo possível. Nesta altura, considerando que as tecnologias de carregamento eram idênticas em praticamente todos os smartphones, esta estratégia faria muito mais sentido.
Ainda que não se possa afirmar que a Apple é a primeira fabricante a adotar esta estratégia, é garantidamente a responsável por esta nova tendência.
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