A Xiaomi alcançou o primeiro lugar do cobiçado mercado europeu de smartphones durante o segundo trimestre de 2021, apurando-se o volume de vendas. Foi a primeira vez que a marca chinesa de Lei Jun alcançou tal feito graças a um crescimento digno de nota.
Com efeito, a empresa liderou o mercado com uma quota superior a 25%, superando a tradicional líder, Samsung remetida assim para segundo lugar. Em terceiro lugar permanece a Apple, com a OPPO em quarto lugar e a sua Realme, em quinto lugar.
A Europa pertence agora à Xiaomi - 2.º trimestre de 2021
Os dados foram hoje (3) avançados pela agência de análise de mercado StrategyAnalytics, mostrando-nos o novo equilíbro de forças na Europa. Já sem qualquer vestígio da Huawei, cabe agora à Xiaomi, OPPO e Realme desafiar as marcas estabelecidas.
Algo que a Xiaomi fez com particular mestria, de acordo com o relatório da StrategyAnalytics, ao registar um crescimento anual de 67,1%. Isto significa que face ao segundo trimestre de 2020 a Xiaomi aumentou em mais de 67% o volume de smartphones vendidos.
No total, as fabricantes venderam um total de 50 milhões de smartphones durante os três meses que compõem o segundo trimestre do ano - abril, maio e junho.
Segundo a Strategy Analytics estes números devem-se à recuperação económica da Europa, bem como ao aumento da procura por dispositivos móveis com suporte para as redes móveis de quinta geração (5G). Mais ainda, o envelhecimento dos atuais smartphones em circulação também terá contribuído para este novo ciclo de renovação de dispositivos móveis.
Xiaomi superou a Apple e a Samsung na Europa
Segundo Boris Metodiev, responsável da Strategy Analytics, "O mercado europeu de smartphones teve um forte trimestre impulsionado pela recuperação da crise imposta pela pandemia da COVID 19. Foi um forte crescimento após o "crash" de 2020. O maior destaque deste trimestre é a Xiaomi. Pela primeira vez esta marca alcançou o primeiro lugar com perto de 13 milhões de smartphones vendidos neste continente, desalojando a tradicional líder, Samsung."
Ainda de acordo com o executivo em questão "A Xiaomi obteve um grande sucesso na Rússia, Ucrânia, Espanha, Itália e outros mercados onde encontrou novos consumidores ávidos pelos seus produtos. Aliás, sobretudo pela gama Redmi e Mi, ricas em caraterísticas e com grande relação preço / qualidade", conclui Metodiev.
As marcas chinesas foram as que mais cresceram na Europa
A Europa pertence cada vez mais às fabricantes sediadas na China. Veja-se o declínio da Samsung em 7% de ano para ano, com a gigante sul-coreana a perder o primeiro lugar para a Xiaomi que registou um crescimento de 67%.
Por outro lado, a concorrência da Apple também ajudou a erodir alguma da quota de mercado da Samsung. Veja-se o crescimento anual de 16% da gigante de Cupertino atribuído sobretudo ao sucesso da geração Apple iPhone 12. No trimestre em questão a Apple vendeu perto de 10 milhões de unidades.
Imediatamente em quarto lugar e com um crescimento anual de 180% está a OPPO. A fabricante chinesa vende um total de 2,8 milhões de unidades, afirmando-se na Europa. Por fim, a Realme conseguiu vender 1,9 milhões de unidades no mesmo trimestre. Foi a fabricante que mais cresceu neste Top 5 com um salto de 1800% face ao período homólogo de 2020.
Em síntese, a Xiaomi afirma-se como marca líder na Europa, contestando o trono habitual da Samsung. A Apple, no que lhe concerne, obteve uma excelente prestação. Enquanto isso, a "nova Huawei" mostra-se como opção viável na Europa, tal como a sua sub-marca, Realme.
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