Esta semana estalou uma nova controvérsia envolvendo a tecnológica chinesa Xiaomi. Em causa está a manipulação de desempenho de algumas apps nos seus smartphones, dando primazia a plataformas de benchmarks como a Geekbench.
Foi precisamente a última quem fez a descoberta e não tardou a admitir a remoção de alguns equipamentos da Xiaomi das suas tabelas. Agora, é a tecnológica chinesa quem vem a público oferecer a sua versão dos factos.
Xiaomi admite controlar o desempenho de algumas aplicações
Através de um comunicado, a Xiaomi vem admitir que os seus smartphones possuem mecanismos de gestão do desempenho de algumas aplicações. Em seguida, deixamos-te o comunicado emitido pela empresa:
"A Xiaomi aplica estratégias de controlo de temperatura para garantir uma experiência ideal do produto, especialmente para as aplicações mais exigentes que costumam ser usadas por longos períodos. Em muitos dos nossos dispositivos, oferecemos 3 modos de desempenho, permitindo que os utilizadores ajustem o equilíbrio entre desempenho e eficiência energética. No nível do sistema, todas as otimizações relacionadas ao desempenho da aplicação consideram muitos fatores essenciais, como consumo de energia, desempenho e impacto térmico."
A razão apontada pela Xiaomi para esta prática censurável é uma gestão inteligente dos recursos dos seus equipamentos. Um equilíbrio inteligente entre desempenho e esforço energético de modo a oferecer o melhor dos dois mundos.
Aplicações mais exigentes, como jogos, beneficiam de todo o potencial oferecido pelo smartphone para que o utilizador tenha uma experiência imaculada. A controvérsia surge pelo facto de a Xiaomi catalogar apps de benchmarks da mesma forma para que estas possam extrair o máximo do dispositivo.
Para a Geekbench, esta prática consiste numa manipulação de desempenho e contraria uma das suas políticas. Em resultado, os equipamentos da Xiaomi que sejam apanhados a fazer esta gestão serão removidos das tabelas da plataforma.
Note-se que a Xiaomi não é caso inédito neste tipo de política. Muito recentemente soubemos que a Samsung faz o mesmo através do seu sistema GOS, resultando também na exclusão de alguns modelos da Geekbench.
Em 2021 também a OnePlus foi apanhada a fazer algo semelhante, o que levou a que os OnePlus 9 e 9 Pro fossem removidos da Geekbench. Isto demonstra que tais práticas são cada vez mais comuns do mercado de smartphone.
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