O mercado de smartphones enfrenta uma das maiores crises dos últimos anos com várias fabricantes a não conseguir cumprir as metas de produção previamente delineadas. A propósito, segundo avança agora a agência de análise de mercado Canalys, a Xiaomi atravessa um dos seus piores períodos ao passo que a Apple aparenta passar pelos pingos da chuva.
Em causa está a escassez global de componentes e semicondutores que resultou numa quebra de 6% no volume de smartphones vendidos no último trimestre. O pior de tudo? Esta queda é apenas o pronúncio do que está para vir uma vez que não se perspetivam soluções rápidas e eficazes para a problemática.
Escassez de componentes afeta particularmente a Xiaomi
De acordo com a agência Canalys, no terceiro trimestre de 2021 as vendas de smartphones caíram 6% face ao período homólogo de 2020. Segundo esta entidade, os resultados atestam a crise que se vive no setor e indiciam novas contrações futuras.
Entre o caos que se faz sentir junto das linhas de produção, a Apple escapa quase incólume a estas restrições com os iPhone 13 a vender bem.
As conclusões foram agora divulgadas pela agência em questão, dando conta de uma considerável queda entre os terceiros trimestres de 2020 e 2021.
Note-se que esta queda surge no seguimento de um aumento de 27% anual durante o primeiro trimestre de 2021, bem como um aumento de 11% ao longo do segundo trimestre do ano.
Agora, contudo, surgem os primeiros sinais de problemas junto das grandes fabricantes com o stock de componentes a esgotar-se rapidamente. Em particular, a Xiaomi é tida como marca mais afetada pelo problema que afeta todo o segmento. Algo que podemos ver acima plasmado na estagnação anual, ao passo que as demais fabricantes (com a exceção da Samsung) cresceriam.
Apple escapa à escassez de componentes ao invés da Xiaomi
A Apple aumentou a sua quota de mercado de 12% para 15% no último trimestre. Os motivos para tal, segundo a Canalys, prendem-se com a forte adesão aos novos modelos de iPhone 13. De igual modo, a fabricante não aparenta enfrentar dificuldades na produção das unidades exigidas, tendo precavido tal situação no decurso do último ano.
Não obstante, noticiamos recentemente a possibilidade de a produção dos iPhone 13 ser diminuída em 10 milhões de unidades. Algo que aparente não afetar o volume geral de unidades disponíveis no mercado, pelo menos durante o período em questão.
Paralelamente vemos a Samsung a manter o seu primeiro lugar. Com efeito, a tecnológica sul-coreana mostra-a com 23% de quota de mercado, posição inalterada de ano para ano.
Numa outra tónica vemos o grupo de marcas da BBK Eletronics, a VIVO e a OPPO a aumentar ligeiramente a sua expressão. Com efeito, ambas as fabricantes passaram de 9% para 10% de quota de mercado segundo a Canalys.
Crise de semicondutores só deverá melhorar no fim de 2022
Por fim, a par da agência Canalys, também a Counterpoint reviu em baixa as suas previsões para o segundo semestre do ano. Em ambos os casos o motivo apontado é a escassez de componentes e semicondutores a afetar todo o mercado mobile.
Para o consumidor comum isto pode traduzir-se na incapacidade de comprar um novo smartphone. Poderão, por exemplo, ser obrigados a esperar mais para ter o seu novo dispositivo móvel Android e / ou iOS.
Por fim, numa nota pouco positiva, a Canalys prevê que esta crise se atenue no final de 2022. Portanto, teremos que conviver com estes atrasos na produção de smartphones durante grande parte do próximo ano.
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