A produção de veículos elétricos é um dos projetos mais relevantes atualmente para a Xiaomi, tal como o CEO da empresa referiu no seu discurso anual.
Agora, para fazer frente a uma dificuldade inesperada, a marca chinesa está em negociações com a BAIC para a produção do primeiro carro Xiaomi.
Xiaomi e BAIC estão já em negociações para a produção de veículos elétricos
Na última conferência que decorreu a 11 de agosto, a Xiaomi não apresentou apenas novos smartphones, deu também a conhecer todo o trabalho do seu departamento de pesquisa e desenvolvimento com o humanoide CyberOne e mostrou os progressos na produção do seu primeiro carro.
No seu discurso anual, Lei Jun, CEO da empresa, foi mais longe e até mostrou um vídeo, no qual foi possível ver os testes de condução autónoma do veículo que estão já em curso, em algumas estradas chinesas.
Mas nem tudo está a correr bem. Segundo a agência de notícias Bloomberg, existem atrasos na obtenção de licenças para a Xiaomi fabricar individualmente cada veículo. Para contornar esta situação, a marca chinesa estará em negociações com a empresa BAIC para que ambas estabeleçam uma parceria na coprodução dos carros.
Uma das soluções possíveis é ambas as empresas adquirirem uma fábrica da Hyundai que já detém a referida licença necessária ao fabrico de veículos. Infelizmente, quando questionadas sobre este assunto, tanto a Xiaomi como a BAIC recusaram-se a fazer comentários.
Lei Jun afirma que produção de carros será um dos marcos mais importantes da empresa
Este é atualmente um dos projetos mais relevantes da empresa. Aliás, Lei Jun admitiu já que a produção de carros será um dos marcos mais importantes da história da Xiaomi, sendo que a decisão de enveredar por esta área demorou o seu tempo e envolveu uma profunda análise de todos os fatores.
O CEO acredita que, na sua essência, os veículos elétricos são um produto de eletrónica de consumo, visto que podem ser definidos pelo seu software. Nesse sentido, o mercado destes carros terá um comportamento semelhante ao da eletrónica de consumo.
Ainda de acordo com o mesmo responsável, daqui a 15 ou 20 anos, a indústria dos carros elétricos irá entrar numa fase de mais maturidade, com as cinco principais marcas fabricantes deste tipo de veículos a deterem uma quota do mercado global de mais de 80%.
E esta é uma oportunidade de negócio que Lei Jun não quer perder, ainda para mais sendo este (possivelmente) o seu último grande projeto empresarial.
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