A Xiaomi anunciou que tem mais um objetivo a atingir num prazo de três anos: ser líder no mercado de smartphones de topo.
E já avisou a Apple de que quer equiparar-se a 100% tanto ao nível de produto, como de experiência, descrevendo esta concorrência como uma questão "de vida ou de morte".Os dados estão lançados e possivelmente quem fica a ganhar com esta disputa serão os utilizadores.
Fundador Lei Jun anuncia que a Xiaomi vai competir com a Apple no segmento premium de smartphones
Quando surgiu no mercado de smartphones, a Xiaomi captou de imediato as atenções não só pelas semelhanças que os seus produtos tinham com os da Apple, mas também pelo preço acessível desses mesmos produtos.
Devido a essa estratégia até ficou conhecida, na altura, como a Aple chinesa. Mas o que é certo é que a Xiaomi conquistou uma "simpática" quota de mercado e atualmente é um dos principais players do segmento, tendo inclusive um portfólio de produtos recheados de inovações e bastante diversificado.
E se até agora, a marca chinesa estava concentrada em recrutar o maior número possível de utilizadores, parece que pode estar a mudar de ideias nesse campo. Lei Jun, fundador da Xiaomi, anunciou na rede social Weibo que, daqui para a frente, a marca vai concentrar-se especificamente no segmento de smartphones premium e competir diretamente com a Apple.
Em tempos, a Huawei conseguiu ultrapassar a Apple
Não é a primeira vez que uma marca chinesa "ameça" a liderança da Apple no mercado. Recorde-se que a Huawei, a determinado momento, ultrapassou a empresa de Cupertino, tendo mesmo alcançado o título de maior fabricante de smartphones do mundo.
Depois foi alvo de pesadas sanções que afetaram significativamente a sua posição no mercado. Atualmente, tem ainda alguma relevância na China, mas no mercado global, a marca chinesa tem vindo a perder toda a sua força, até porque está impedida de comercializar terminais com comunicações 5G.
Desde a queda da Huawei que as marcas chinesas disputam entre si o lugar vago e, podemos dizer com alguma segurança, que a Xiaomi será a que está melhor posicionada para o ocupar. Ao que tudo indica, também será essa a opinião dos principais responsáveis da marca.
Especialmente agora que o fundador da Xiaomi, Lei Jun, anunciou que a Xiaomi tem como objetivo tornar-se o maior fabricante de smartphones do mundo, superando a Apple e a Samsung. Mais: este responsável acredita que a empresa consegue concretizar este ambicioso objetivo num prazo de três anos.
Concorrência com a Apple é uma questão "de vida ou de morte que a Xiaomi deve superar"
Afirma Lei Jun "pretendemos equiparar-nos totalmente à Apple, a nível de produto e de experiência e tornarmo-nos a maior marca da China nos próximos três anos". O mesmo responsável foi ainda mais longe e descreve a concorrência com a Apple no segmento de smartphones premium como "uma guerra de vida ou morte que a Xiaomi deve superar".
De acordo com os últimos dados de mercado revelados, a Apple no quatro trimestre de 2021 alcançou o título de principal marca de smartphones na China. Esta é uma conquista e tanto, se pensarmos que é a primeira vez que tal acontece nos últimos seis anos.
Para o sucesso da Apple terão contribuído a excelente aceitação do iPhone 13 pelos utilizadores chineses. E tendo em conta que a empresa de Cupertino vai lançar, em breve, o iPhone SE 5G, é provável que a marca mantenha a liderança do maior mercado do mundo de smartphones que é o chinês.
Xiaomi quer abrir mais 20 mil novas lojas na China
Por sua vez, a Xiaomi teve de lidar com alguns problemas na sua cadeia de fornecimento, criados pela crise global de escassez de componentes. Mas a marca chinesa conseguiu superar todas as dificuldades, tendo conseguido inclusivamente superar as vendas do iPhone, no segundo trimestre de 2021.
Agora de acordo com mais informações divulgadas, a empresa quer atrair mais utilizadores para o universo Xiaomi e distinguir-se das restantes marcas chinesas com terminais Android. Ao que tudo indica, a empresa vai concentrar as suas atenções na experiência de utilizador, tal como a Apple faz com o iPhone.
E a Xiaomi tem até já um plano definido: abrir 20.000 novas lojas na China, nos próximos três anos e investir cerca de 16 mil milhões de dólares (aproximadamente 14 mil milhões de euros), em pesquisa e desenvolvimento nos próximos cinco anos.
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