Foi um trimestre espetacular para a Xiaomi que ajudou a fabricante chinesa a alcançar o 2.º lugar no mercado global de dispositivos móveis. Os dados são agora avançados pela agência de análise Canalys e aferem-se ao segundo trimestre de 2021.
O incrível crescimento da Xiaomi - 82% de ano para ano - permitiu à empresa de Lei Jun ultrapassar a titã de Tim Cook. Com efeito, a tecnológica chinesa conseguiu pela primeira vez ultrapassar a Apple, afirmando-se de pedra e cal como uma das maiores do mundo.
A Xiaomi superou pela primeira vez a norte-americana Apple
Segundo os dados divulgados pela agência Canalys o mercado global de smartphones cresceu 12% em volume de unidades expedidas durante o segundo trimestre de 2021. Para esta entidade, é um claro sinal da recuperação económica mesmo durante a pandemia de COVID-19 que se continua a fazer sentir.
À luz deste relatório a Samsung mantém a liderança, captando 19% de quota de mercado e tendo crescido 15% face ao período homólogo (2.º trimestre) de 2020.
Em segundo lugar está agora a Xiaomi com 17% de quota de mercado. O seu crescimento foi o mais sonante do Top 5 mundial, crescendo 83% face ao período homólogo. Nenhuma das rivais se aproximou sequer deste "salto".
Em terceiro lugar figura agora a norte-americana Apple com 14% de quota de mercado. Ainda que tenha perdido o segundo lugar, a empresa de Cupertino cresceu 1% face ao segundo trimestre de 2020.
Em quarto lugar temos a gigante de jade, a OPPO que se afirma com 10% de quota de mercado e um crescimento de 28%. Logo em seguida, fechando o Top 5 atual temos a Vivo também ela com 10% de quota de mercado e um crescimento de 27%.
Com a Huawei fora de jogo, a Xiaomi, OPPO e Vivo afirmam-se no Top 5
De acordo com o testemunho de Ben Stanton, executivo da Canalys, a "Xiaomi cresce exponencialmente fora do seu país natal. Por exemplo, o volume de unidades vendidas aumentou 300% na Amárica Latina, 150% em África e 50% na Europa Ocidental".
Stanton aponta ainda que, apesar de os smartphones Xiaomi serem apontados para as massas, tal como os da Samsung e Apple, os seus produtos são, não obstante, entre 40% a 75% mais baratos que os smartphones das concorrentes.
É por isso que a Xiaomi tem colocado cada vez mais ênfase nos seus topos de gama premium como a linha Mi 11. Será este o vetor de evolução da tecnológica de Lei Jun caso esta se queira libertar da dependência dos seus smartphones baratos.
Por fim, Ben Stanton salienta que todas as grandes fabricantes estão atualmente em braços com uma das maiores crises do setor provocada pela escassez de componentes. No entanto, a Xiaomi não se deixa desanimar por estes entraves.
Aliás, nas palavras do executivo da Canalys, "(...) a Xiaomi já definiu o seu próximo objetivo: destronar a Samsung e tornar-se na maior fabricante mundial de dispositivos móveis".
Em síntese, a Xiaomi transformou-se na nova Huawei, conquistando o lugar que outrora ocupava e chamando assim a antiga ambição da tecnológica de Ren Zhengfei.
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