O WhatsApp é a plataforma de comunicações instantâneas dominante com mais de dois mil milhões de utilizadores, mas desde que anunciou as alterações à política de privacidade em janeiro último que tem perdido utilizadores para rivais como a Telegram.
Sem baixar os braços e tentando recuperar a confiança dos utilizadores face à aparente intromissão crescente do Facebook, o WhatsApp apontou recentemente baterias à rival russa, Telegram. Os "confrontos" tiveram lugar no Twitter e foram inusitados.
O WhatsApp entrou numa troca de argumentos com a Telegram no Twitter
Importa frisar que a provocação foi feita pela Telegram no seu perfil oficial de Twitter. Em seguida, a WhatsApp quis responder com ironia e enxovalhar a rival, Telegram, mas acabaria por ficar sem resposta. Para os espetadores, a vencedora foi apenas a Telegram.
Aliás, não só a Telegram mas também a Signal têm capitalizado com os infortúnios recentes do WhatsApp, mas tem sido a rival russa a que mais acusações tem feito através do Twitter. A última "alfinetada" teve lugar no final da última semana, a 14 de maio.
A imagem transmite uma imagem simples e chegou contextualizada na renovação dos ícones do Windows, mais concretamente o cesto de papéis ou a lixeira. Aproveitando esta "trend" a Telegram julgou que em 2021 devíamos eliminar o Facebook e WhatsApp.
Estalou o verniz entre o WhatsApp e a Telegram
Este subterfúgio não ficaria sem resposta, contudo, com a WhatsApp a insinuar que a sua plataforma é superior a ter a encriptação (criptografia) ativa de ponta a ponta, com os utilizadores a estarem cientes de tal facto. Algo que não ocorrerá na rival Telegram.
O WhatsApp insinuou que os utilizadores da rival não estão ao corrente de um importante detalhe. A não proteção, por omissão, das suas conversas e mensagens pela criptografia de ponta a ponta, algo que só está presente nas salas e chats secretos da Telegram.
É um argumento de peso, mas a Telegram não se ficou, mostrando rapidamente que tal aviso é feito sempre que o utilizador usa a sua plataforma. Por outras palavras, desacreditando o argumento da plataforma líder e fazendo-o com uma boa dose de humor.
Importa ainda frisar que dos três pontos assinalados pela Telegram, os dois primeiros confirmam-se. O terceiro, contudo, não se verifica. Isto é, o WhatsApp não tem acesso ao chat dos seus utilizadores, mas pode recolher alguma metadata, algo que usará, por exemplo, para repor o histórico de conversações aquando de um restauro das conversas, mas não mais que isso.
O WhatsApp continua a receber críticas perante a atualização dos termos de serviço
A Telegram foi mais além e aproveito para relembrar que a sua app é open source e que apoia os programadores independentes. A conversa ficou por aí, e já se passaram alguns dias, sem que a plataforma líder tentasse reequilibrar a troca de argumentos.
Esta plataforma continua a relembrar os utilizadores que está na altura de aceitar os seus novos termos. Algo que não é propriamente bem recebido pelo público, como podemos ver pelo teor das respostas.
Ainda que o WhatsApp respeite a nossa privacidade, mesmo com as alterações aos termos de serviço, a confiança dos utilizadores está comprometida. Este valor, sim, será mais difícil de recuperar e poderá continuar a afetar o crescimento do serviço.
Recordamos que as principais alterações residem no tratamento das mensagens e comunicação com empresas a partir desta plataforma do grupo Facebook.
Editores 4gnews recomendam:
- Telefone da Google: app já mostra quem nos está a ligar no Android
- Xiaomi poderá ressuscitar os smartphones modulares
- Huawei vai antecipar-se ao Apple Watch com o seu próximo smartwatch