O WhatsApp pertence ao grupo de empresas do Facebook desde 2014, mas nunca como agora os utilizadores da plataforma demonstraram tamanha e legítima preocupação com os seus dados pessoais. Tudo após a empresa ter expressado a sua vontade em aplicar a nova política de privacidade, alterações que adiou de fevereiro para 15 de maio de 2015.
Há uma parcial redefinição do escopo de dados que o WhatsApp partilhará com o Facebook, com a empresa a tentar estabilizar e acalmar os seus utilizadores face ao que considera ser "desinformação", ou meros tabloides, sobretudo na Europa. Note-se que na União Europeia, fruto do RGPD, as informações dos utilizadores estão seriamente protegidas,
Os dados do WhatsApp partilhados com o Facebook
A todo e qualquer interessado em saber quais são as informações que o WhatsApp partilha com o Facebook - na União Europeia - note-se que a Política de Privacidade da plataforma diverge consideravelmente dentro e fora do espaço europeu, fica assim a saber.
- O nickname ou nome do utilizador
- O número de telefone do utilizador
- Endereços de IP utilizados
- Diversos dados relativos aos dispositivos móveis do utilizador
Ao mesmo tempo, a plataforma desdobra-se em garantias aos utilizadores referindo os dados pessoais que não recolhe.
Estes são os principais dados - agregados nos quatro pontos supracitados - que o WhatsApp partilha com as "entidades do Facebook". Na publicação de Twitter acima vemos as informações que o WhatsApp afirma não partilhar com o grupo de empresas de Mark Zuckerberg - âmbito global (dentro e fora da União Europeia).
"O WhatsApp tem de receber ou recolher algumas informações para que possa funcionar, fornecer, melhorar, compreender, personalizar, apoiar e publicitar os nossos Serviços, inclusive no momento em que instala, acede ou utiliza os mesmos", pode ler-se na versão europeia da Política de Privacidade do WhatsApp.
O GDPR impede a desativação da conta de WhatsApp
Contrariamente ao que foi falsamente propagado em alguns tabloides, na Região Europeia o utilizador que recusar os novos Termos de Serviço do WhatsApp não verá a sua conta eliminada, nem desativada. Fora da União Europeia, contudo, tal é verídico.
Pode ainda ser dito que desde 2016 que esta troca de dados com o Facebook era praticada, tal como demos a conhecer na 4gnews. Por outro lado, nessa ocasião era possível rejeitar essa partilha de dados a partir das Opções da aplicação WhatsApp.
O que muda a partir de 15 de maio? Para utilizadores fora da UE essa partilha que ocorria desde 2016 deixa de ser opcional. Passa a ser obrigatória se querem continuar a usar os serviços do WhatsApp. Em caso de recusa, a conta será desativada.
Para o utilizador europeu, para quem usa o WhatsApp em Portugal, graças ao RGPD nada muda. A sua conta não será desativa quer aceite, ou não, os termos que entrarão em vigor a 15 de maio de 2021.
Farto do WhatsApp? Há boas alternativas como o Signal e a Telegram
O pânico semeado por vários meios de comunicação serviu também para acordar o utilizador. Nunca como agora nos questionamos tanto sobre o que é feito com as nossas informações, para onde é que estas vão e quem é que a elas tem acesso.
De imediato, o escândalo do WhatsApp catapultou as principais alternativas como a Signal e Telegram para o topo das tabelas na Google Play Store e App Store.
A Signal plataforma como aval de Edward Snowden, colocando-a ligeiramente acima da Telegram no que à privacidade diz respeito.
O WhatsApp continua a ser a plataforma de comunicações mais utilizada no mundo, de acordo com os dados fornecidos pela Statista, mais de dois mil milhões de utilizadores usam a plataforma do Facebook (dados de março de 2020).
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