Uma peça publicada pelo jornal britânico Daily Mail mostra como as vendas de carros elétricos estão em queda na Europa. Marcas como a Volkswagen ou a Mercedes registam quedas relevantes que as fazem temer o futuro.
As construtoras de automóveis atribuem este declínio a vários fatores. Estas distribuem culpas à alta inflação que se tem registado, ao aumento dos preços da energia e ainda aos cortes nos incentivos governamentais para a compra de carros movidos a eletricidade.
Volkswagen registou uma queda de 24% nas vendas dos seus veículos elétricos
O grupo alemão Volkswagen foi um dos que mais sentiu a queda nas vendas de veículos elétricos. A empresa refere que registou uma queda de 24% nas vendas deste tipo de veículos, uma cifra que certamente será difícil de ignorar.
A gigante Mercedes-Benz também teve um mau começo de ano no que concerne aos seus carros elétricos. No caso desta construtora, ela reporta uma queda de 8% nas vendas.
Ao que tudo indica, os condutores estão a voltar atenções para veículos a combustão mais baratos. Uma tendência que vem dar razão à crença de algumas marcas quando afirmam que nunca deixará de haver procura por carros a combustão.
Marcas como a Aston Martin ou o grupo Stellantis estão a tentar adiar ao máximo uma transição total da sua oferta para veículos elétricos. Estes referem que só deixarão de produzir carros a combustão quando os mesmos forem proibidos pelos reguladores.
"Continuaremos a fazê-los enquanto nos for permitido fazê-los. Sempre haverá procura, embora ela diminua." Estas são declarações de Lawrence Stroll, chairman da Aston Martin.
A Tesla, a marca automóvel mais valiosa do mundo, também está a sentir a diminuição na procura por carros elétricos. A empresa de Elon Musk registou uma queda de 20% no primeiro trimestre do ano, o que representa um declínio de quase 9% face ao mesmo período de 2023.
Em sentido contrário surge, no entanto, o mais recente relatório da BMW. A construtora alemã anunciou um crescimento de 28% na venda de elétricos durante os primeiros três meses do ano.
Tais relatórios fazem-nos questionar se os veículos elétricos são mesmo o futuro da mobilidade. Será que o interesse neste tipo de veículos foi apenas um entusiasmo momentâneo? Veremos o que os próximos anos nos reservam nesta matéria.