A bateria é um dos componentes mais importantes de qualquer smartphone. Recentemente, as marcas têm apostado no aumento da sua capacidade e na velocidade de carregamento, mas a procura por novas tecnologias não dá tréguas.
Investigadores da Universidade de Ciência de Tóquio descobriram uma nova alternativa para as atuais baterias de iões de lítio. Em causa, baterias com iões de sódio, que se destacam em dois aspetos de grande importância para o mercado e para os utilizadores.
Baterias de iões de sódio são mais rápidas a carregar
O estudo desenvolvido por esta equipa de investigadores concluiu que este novo tipo de baterias é mais rápido a carregar que as baterias de iões de lítio. Ou seja, o tempo que o teu smartphone passa ligado à corrente para carregar pode diminuir ainda mais.
Após a realização de vários testes com ambos os tipos de baterias, os autores deste estudo concluíram que o sódio precisa de menos energia para se compactar nos espaços de armazenamento da bateria. Ou seja, é mais rápido a mover-se pelos componentes da bateria.
Além disso, as baterias com iões de sódio lidam melhor com as alterações de temperatura. Por outras palavras, esta tecnologia possibilita uma maior consistência no processo de carregamento, seja em ambientes quentes ou em ambientes mais frios.
Baterias de sódio são mais baratas que as baterias de lítio
Outra grande vantagem das baterias baseadas em iões de sódio é o seu custo. Quando comparadas com as atuais baterias de lítio, o seu custo é inferior porque este componente está bem mais acessível.
Os custos associados à extração de sódio são bem inferiores aos da extração de lítio. Isso significa que o preço final das baterias baixaria, repercutindo-se no preço final dos smartphones.
Desse modo, também os smartphones mais acessíveis do mercado poderiam beneficiar deste novo tipo de baterias. Isso significa que os grandes avanços neste campo estariam disponíveis em todos os segmentos de mercado.
Tecnologia tem potencial, mas ainda sem previsão de chegada ao mercado
Os investigadores da Universidade de Ciência de Tóquio alertam que esta tecnologia necessita de mais desenvolvimentos antes de as construtoras a poderem utilizar. Eles referem que o seu método de armazenamento de energia ainda necessita de aperfeiçoamento.
O mesmo é dizer que ainda poderá demorar algum tempo até que estas baterias consigam chegar ao estado de produção em massa. Por muito que esta tecnologia pareça promissora, ainda não sabemos quando veremos o primeiro smartphone com ela.
