Vacina "milagrosa" poderá evitar pandemias futuras

Luís Guedes
Luís Guedes
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Não é preciso recuar muito no tempo para nos lembrarmos do impacto global que teve a pandemia de Covid-19. Neste processo, foi essencial o desenvolvimento das vacinas que ajudaram (e de que maneira) a controlar a doença.

Os números não mentem e, tendencialmente, as mortes e doenças graves diminuíram bastante. Posto isto, para não passarmos de novo pelo mesmo, está a ser desenvolvida uma vacina que pode fazer frente a muitas outras pandemias.

A vacina protege contra vírus que nem foram identificados ainda

De acordo com o The Conversation, esta consegue proteger-te de vários vírus que ainda não foram sequer identificados. Os cientistas por detrás desta inovação pretendem chegar a um objetivo principal: a “vacinologia proativa”.

Para já, os testes estão a ser efetuados em ratos. De um modo geral, as vacinas costumam atuar contra apenas um antígeno, que faz frente a um único vírus. A nova alternativa poderá dar resposta a inúmeros vírus.

Em estudos anteriores, um dos motivos para a grande capacidade de resposta deveu-se ao sucesso das nanopartículas em mosaico. Segundo a mesma fonte, estas têm a capacidade de ligar proteínas diferentes e atuam como uma espécie de "supercola". Mesmo assim, esta vacina era algo complicada, ao contrário da que está em desenvolvimento, que parece ser mais simples.

"Conseguimos isto ao fundir geneticamente RBDs de quatro sarbecovírus diferentes para formar uma única proteína que chamamos de 'quarteto'. De seguida, usamos um tipo de cola de proteína para fixar esses quartetos a uma 'nanogaiola de proteína' para fazer a vacina" - explicam os cientistas (via The Conversation).

Em relação a esta inovação científica, sabe-se que o foco incide, em particular, nos causadores da Covid, Sars e muitos outros vírus de morcegos. Escusado será dizer o impacto negativo que estes podem ter na humanidade.

Os testes em ratos têm sido bem sucedidos

Vacinas
Imagem Ilustrativa

Como explica o mesmo artigo, quando um vírus evolui, algumas partes mudam e outras continuam inalteradas. Posto isto, a grande novidade relaciona-se com a alta capacidade de resposta às partes inalteradas do vírus.

A vacina resulta de uma parceria entre três universidades de alto gabarito: Oxford, Cambridge e Caltech. Durante o período de testes, os cientistas repararam que os ratos produziram anticorpos capazes de neutralizar inúmeros vírus, alguns deles nem sequer presentes na vacina.

Isso pode dar alento a uma solução que também possa servir os seres humanos. Por isso mesmo, o próximo passo deverá ser mesmo fazer o teste com pessoas. Segundo os cientistas, as respostas têm sido bastante animadoras.

Resta esperar para ver o desfecho desta nova vacina. A confirmar-se o seu potencial, é possível que esta possa impedir eventuais pandemias no futuro.

Luís Guedes
Luís Guedes
É apaixonado pela escrita. Desde tecnologia, a entretenimento, passando sempre pela música e pelos livros, o Luís é fascinado por tornar o complexo em simples e o simples em ainda mais simples.