Já se passou mais de um mês desde que contratei o serviço de internet fixa da DIGI. Aguardava pela chegada da operadora há vários meses e, sem fidelização com a operadora anterior, facilmente fiz a troca.
Fiz o pedido de adesão no próprio dia de lançamento da marca no nosso país, a 5 de novembro. A instalação aconteceu no dia 11 de novembro e demorou cerca de 3 horas, pois foi necessário fazer ligação de cerca de 40 metros do PDO mais próximo até à minha casa.
O serviço ficou a funcionar de imediato e na sua plenitude, com o router e o ONT providenciados. Foi-me dito que no futuro a DIGI irá substituir este router por outro (e vim a perceber porquê), mas vamos à minha experiência.
O bom
O ponto mais visível ao aderir à DIGI é o preço apelativo. Há muito que me queria ver livre do serviço de televisão em casa e a chegada da DIGI foi a oportunidade perfeita. Deixar de pagar pouco mais de 30 € para passar a pagar apenas 10 € não foi uma escolha difícil.
O grande diferencial da DIGI está na velocidade que consegue proporcionar. A operadora promete 1 Gbps simétricos, bem acima do que tinha na operadora anterior de 200/100 Mbps. Os resultados do Speedtest atestam essa qualidade. Mas qualquer resultado vai sempre depender do dispositivo que estás a utilizar.
O meu MacBook Air M1 ligado com o cabo Ethernet disponibilizado pela DIGI (através de um adaptador) providencia 930,31 Mbps de download e 758,86 Mbps de upload. O ping fica consistentemente nos 2 ms.
Quando a conversa é sobre ligação por Wi-fi, também não há muito a reclamar. No meu MacBook Air M1 consigo 783,19 Mbps de download, 740,12 Mbps de upload e um Ping de 5ms. Velocidades mais que suficientes para qualquer tipo de utilização que preciso de fazer.
No smartphone, as velocidades conseguidas também enchem a vista. O Speedtest marca 855 Mbps de download e 752 Mbps de upload. Tal como no computador, as velocidades que vais conseguir no telemóvel vão depender do teu aparelho. Todos estes testes foram realizados ao lado do router.
O mau
Não é à toa que a DIGI informa, no ato da instalação, que irá trocar o router por outro modelo mais à frente. É que o router da DIGI, apesar de decente, tem um alcance relativamente limitado. Isto até comparando com o router da anterior operadora que tinha em casa e que já era antigo.
Mesmo para quem vive num apartamento, quando tem de atravessar duas paredes e cerca de 10 metros, a velocidade desce abruptamente. E em alguns casos o equipamento é forçado a trocar da rede de 5 Ghz (mais velocidade, menos alcance) para os 2,4 Ghz (mais alcance, mas menos velocidade).
O alcance do router é invariavelmente o meu ponto mais negativo a apontar ao serviço da DIGI. Se vivesse numa casa maior teria obrigatoriamente de apostar num serviço powerline ou mesh para conseguir ter velocidades boas nas divisões mais longínquas. E mesmo aqui essa possibilidade ainda não está posta de parte. A parte boa é que é um investimento único e a longo prazo.
Como nem tudo é perfeito, durante as primeiras duas semanas, o serviço também falhou momentaneamente por duas vezes. No entanto, foi por menos de 5 minutos e voltou rapidamente a ficar ativo. Não considerei um problema, mas há que o mencionar.
Outro ponto a melhorar pela DIGI é o seu serviço de apoio ao cliente que ainda é demorado pelo telefone. E para se ter acesso a mais detalhes do serviço, como faturação, já devia também existir uma app dedicada para smartphone.
Veredicto
A minha experiência com a DIGI na internet fixa tem sido maioritariamente boa e é para continuar. O preço apelativo associado às velocidades tem-me mantido satisfeito e o CG-NAT não é algo que me faça diferença.
Só ainda não aderi ao serviço móvel da operadora, pois ainda não acho que esteja maduro o suficiente, principalmente na cobertura em algumas zonas. E digo isto tendo um cartão de testes. E claro, enquanto não houver roaming, para mim também é um não. Por agora tenho de manter-me na lowcost da Vodafone, Amigo, na rede móvel.