A União Europeia tem pleiteado pela adoção de uma porta universal para os dispositivos móveis comercializados na Europa. Fá-lo, aliás, desde 2009, sendo sucessivamente ignorada pelas principais fabricantes que têm na Apple o exemplo mais paradigmático.
Em 2021 este esforço normativo pretende tornar a porta USB-C como a norma em todo o espaço comunitário. Ao que a Apple tem recusado, invocando obstruções à inovação, entre outras justificativas para continuar a dotar os iPhone de entrada Lightning.
A União Europeia quer simplificar o quotidiano dos utilizadores na Europa
Com efeito, após a Apple ter rejeitado tal proposta, defendendo que esta uniformização viria prejudicar a inovação, tal como aponta a publicação sucinta na página do Parlamento Europeu.
A proposta foi apresentada no passado mês de setembro, após vários indícios nesse sentido tal como noticiamos na 4gnews. A proposta, caso seja aprovada obrigará todas as tecnológicas a adotar o padrão USB do Tipo C nos seus equipamentos.
Algo que para a maioria das fabricantes de smartphones Android não será uma preocupação, uma vez que já o fazem desde 2018, mas para a Apple comportará algum prejuízo. Note-se que a tecnológica de Cupertino continua, por exemplo, a dotar os seus iPhone de porta Lightning.
USB-C é o melhor padrão a adotar também para os Apple iPhone
A réplica dos legisladores europeus afirma que a proposta considera primeiramente os melhores interesses dos utilizadores ao uniformizar o tipo de cabos usados. Ao mesmo tempo, colocam alguma água na fervura ao essencialmente admoestar a Apple.
"Não vejo onde é tal possa ser verdade (a obstrução à inovação invocada pela Apple)", aponta Anna Cavazzini, presidente atual da Comissão do Mercado Interno e da Proteção dos Consumidores. "A proposta afirma que se um novo padrão surgir, melhor que o USB-C, nós podemos adotar os regulamentos".
De momento não sabemos efetivamente como é que a proposta de legislação comunitária reagiria perante um "novo e melhor padrão de ligação que o USB-C". Isto é, como se adaptaria a proposta normativa europeia à natural evolução da tecnologia.
Legislação terá que ser flexível para acautelar o sucessor do USB-C
Não obstante, continua a ser plausível e até aconselhável uma transição gradual seja atualmente defensável. Ao mesmo tempo, a legislação terá que ser flexível o suficiente para acolher um novo padrão que prove ser superior ao USB-C, além de contemplar mecanismos para garantir a sua adoção assim que tal se justifique.
Em cima da mesa está também o carregamento sem-fios, uma possível alternativa ao padrão USB-C. Há, contudo, mais entraves a serem ultrapassados na Europa (e no mundo) até que um padrão seja implementado pelo organismo máximo europeu.
Aguardamos, por fim, novos desenvolvimentos nos próximos meses.
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