Em troca, a Google compromete-se a não utilizar as informações de saúde dos utilizadores Fitbit na Europa para publicidade dirigida aos mesmos. O negócio envolveu mais de dois mil milhões de dólares e recebe agora a luz verde da União Europeia.
A intenção de comprar a Fitbit foi anunciada pela Google em novembro de 2019, pelo responsável máximo pelo hardware da tecnológica, Rick Osterloh que também já comandou a Motorola. Na altura, a intenção de compra fez dispar alertas na Europa.
A Google é a nova dona da Fitbit
Segundo Osterloh, a aquisição da Fitbit era "uma oportunidade para investir ainda mais na plataforma Wear OS, além de introduzir novos wearales Made by Google no mercado". Contudo, o regulador europeu depressa colocou um travão na consumação do negócio, fazendo então tremer as intenções da gigante de Mountain View.
A investigação formal à intenção de compra da Fitbit pela Google foi lançada em agosto último. Em causa, a União citou preocupações com a privacidade e dados dos utilizadores, bem como possível concorrência desleal - o monopólio de mercado.
Finda a investigação e apresentadas as condições para a aprovação do negócio, a Google teve que fazer algumas concessões para apaziguar o regulador europeu. Por exemplo, a não utilização de dados Fitbit, incluindo informação da localização GPS, bem como informações e métricas de saúde, colhidas no Espaço Económico Europeu (EEE) para fins de publicidade dirigida.
A Fitbit especializa-se nos smartwatch para desporto e fitness
Mais ainda, a Google comprometeu-se a manter uma separação técnicas entre os seus negócios e a operação da Fitbit. Isto para que os utilizadores europeus de produtos Fitbit possam ter a opção de fornecer, ou não, a serviços Google como o Google Maps.
A gigante norte-americana tem ainda que manter as Web API da Fitbit e a sua API do Android, bem como os serviços conexos a ambas, isto para garantir que existe concorrência e competição no mercado e mais opções para o utilizador europeu.
Anuindo às várias condições impostas pela União Europeia, com uma duração de 10 anos, a Google tem agora luz verde para finalizar a aquisição.
A União Europeia deu luz verde à aquisição
"Podemos aprovar a aquisição da Fitbit pela Google porque os compromissos assegurarão que o mercado de wearables e o crescente espaço de saúde digital continuará aberto e competitivo", afirmou Margrethe Vestager, vice-presidente executiva da Comissão Europeia.
"Compromissos que determinam a forma como a Google pode usar a informação dos utilizadores para fins publicitários, quão intermutáveis são estas informações entre wearables concorrentes na plataforma Android e quão salvaguardados estão os utilizadores que queiram continuar a partilhar as métricas de saúde, caso assim o escolham", acrescentou Vestager.
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