Trabalhadores da Samsung em greve: estes são os 3 motivos principais

Luís Guedes
Luís Guedes
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A Samsung dá cartas no setor tecnológico, mas o que se sente no seio laboral da empresa é tudo menos contentamento. Prova disso é a nova greve dos trabalhadores na Coreia do Sul, que começou esta segunda-feira, dia 8 de julho, e deverá acabar na quarta, dia 10.

Como na maior parte das greves, o principal motivo de queixa tem a ver com salários baixos, no entanto não é só. De acordo com a Reuters, o Sindicato Nacional da Samsung Electronics (NSEU) quer mais um dia de férias para os trabalhadores.

Trabalhadores querem melhores salários, mais férias e bónus de produtividade

Recorde-se que fazem parte do CNEU cerca de 30 000 trabalhadores da marca, o que representa cerca de 25% dos funcionários em todo o mundo. Outra exigência que é feita tem a ver com bónus que os trabalhadores querem receber.

Esta greve é uma espécie de “ultimato” lançado pela CNEU, já que os próprios referem que irão levar a cabo outras ações se não virem os seus pedidos atendidos. Ainda assim, os especialistas dizem que a probabilidade de as coisas correrem bem é pouca.

Isto porque a adesão está a ser relativamente reduzida, face àquilo que seria de esperar. Tanto é que a própria Samsung chegou a dizer que a greve não teve qualquer impacto na atividade comercial da marca.

A maior parte dos "grevistas" trabalham em linhas de produção

Posto isto, o sindicato aponta para cerca de 6 540 trabalhadores que irão exercer o seu direito à greve. Ao que tudo indica, os que mais se queixam são aqueles que trabalham em linhas de produção automatizadas e equipamentos.

Para além da greve, também houve espaço a uma manifestação na capital sul-coreana. Em Seoul, cerca de três milhares de funcionários juntaram-se para se fazer ouvir sobre as más condições de trabalho que alegam.

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O sindicato "ameaça" que podem acontecer novas greves

Em nota à imprensa, o presidente do sindicato refere que a suposta baixa participação pode acontecer dado à falta de conhecimento dos funcionários sobre a matéria. No entender de Son Woo-mok, “a educação sobre sindicatos trabalhistas não foi suficiente”.

De qualquer maneira, os funcionários da Samsung não baixam os braços e o vice-presidente do CNEU garante que, se os objetivos da greve não forem cumpridos, vão acontecer muitas mais.

Resta esperar para ver no que é que vai dar esta manifestação de descontentamento por parte dos funcionários da gigante sul-coreana.

Luís Guedes
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É apaixonado pela escrita. Desde tecnologia, a entretenimento, passando sempre pela música e pelos livros, o Luís é fascinado por tornar o complexo em simples e o simples em ainda mais simples.