Na busca por um futuro mais verde, grandes marcas de automóveis estão a investir nos veículos elétricos (VE) e híbridos. Na contra mão deste movimento, a Toyota apresentou um novo motor de combustão interna. Mas calma! Trata-se de uma versão futurística do tradicional motor com combustível verde.
Novo motor poderá ser um suporte aos VEs
Anunciada na semana passada, no salão de Tóquio, a novidade consiste em motores compactos que também funcionariam com os chamados combustíveis verdes, como hidrogénio e bioetanol, ou seriam combinados com motores elétricos de emissão zero em híbridos.
Apesar de não seguir o impulso global para carros elétricos a bateria, o "motor renascido", conforme explicou o presidente executivo da Toyota, Koji Sato, "é otimizado para a era da eletrificação”. A esperança da fabricante japonesa é de que a novidade, junto aos VEs, impulsione o mundo para a “neutralidade de carbono”.
Vale lembrar que a Toyota já conta com um carro híbrido no mercado, o Prius, que alterna entre seu motor a gasolina e o motor elétrico. O objetivo da fabricante com o novo motor é justamente trazer uma opção mais limpa de combustão para os carros híbridos. Nos futuros híbridos, o motor elétrico deverá se tornar a principal força motriz, com o novo motor projetado para ter um papel menor.
Outras marcas também já buscam "reinventar" seus motores
Não é apenas a Toyota que está a investir em novas formas de emissões limpas. As também japonesas Subaru e Mazda estão a preparar motores ecológicos projetados para atender aos inevitavelmente rigorosos padrões de emissões que estão por vir.
A Mazda, inclusive, afirmou que seu premiado motor rotativo, introduzido há mais de 50 anos, estava a ser adaptado para veículos elétricos. O caminho para neutralidade de carbono, contudo, é longo. Conforme destacado pelos líderes das empresas, há condições de fornecimento de energia, contextos de empregos, cadeias de suprimentos, condições sociais, políticas e de mercado que precisam ser trabalhadas junto ao investimento em veículos "mais limpos".
“A neutralidade de carbono que o mundo aspira provavelmente não será atingível nas próximas décadas. Vai ser uma longa maratona”, disse Takahiro Fujimoto, professor de negócios na Universidade Waseda, em entrevista à página APnews.
Sato, por outro lado, mostrou-se positivo quando ao progresso que pode ser feito com as diferentes marcas a ter um mesmo objetivo, quanto a um futuro com menos emissões.
“Cada empresa quer vencer, mas podemos ser mais rápidos se trabalharmos juntos”, disse o presidente executivo da Toyota.
Não foram revelados mais detalhes sobre quando os novos motores podem chegar ao mercado.