Hoje em dia, falar em aplicações de encontros não é nada de novo. No entanto, a novidade mais recente em relação à Match Group, dona do Tinder e do Hinge, é que a marca, para lucrar, tem usado estratégias que visam fomentar um uso compulsivo das aplicações.
A ação judicial foi divulgada esta quarta-feira, dia 15 de fevereiro, e refere que, na elaboração da aplicação, existem estratégias muito parecidas às dos videojogos, com o objetivo de viciar o utilizador num ciclo quase interminável. É, ainda, inferido que apps como o Tinder e o Hinge, mais do que estimular relações entre os utilizadores, procuram o lucro, com recursos que, quanto mais evoluídos se tornam, mais caros são.
Tal como é referido no processo judicial que entrou no tribunal federal do distrito norte da Califórnia, “o modelo de negócios da Match depende da geração de retornos por meio da monopolização da atenção dos utilizadores, e a Match garantiu o seu sucesso no mercado ao fomentar o vício em aplicações de encontros que gera assinaturas caras e uso perpétuo”.
Também a Meta é acusada de prejudicar saúde mental
Em relação a estas acusações, a Match não emitiu qualquer tipo de declaração. No entanto, atenção! Não é só a Match que anda com este tipo de problemas, numa altura em que as empresas de tecnologia são alvos de análise intensa, face a uma das questões que mais se tem falado ultimamente: saúde mental.
Também a Meta, que detém o Instagram e o Facebook, foi sujeita a uma ação judicial, que alega que a mesma coloca em risco a saúde mental dos jovens. Como é que as plataformas em questão o conseguem fazer? Alegadamente, ao desenvolver funções com a capacidade de viciar, como se de uma espécie de droga se tratasse.
De acordo com a mesma fonte de informação, apps como o Tinder e o Hinge veem-se acusadas de usar recursos de manipulação baseados em dopamina. No fundo, diz-se que criam falsas ilusões de amor e relacionamentos, que apenas são lucrativas para a empresa. Nem tanto para quem utiliza as aplicações.