
A Tesla está a passar uma fase complicada em França. O departamento de Concorrência, Defesa do Consumidor e Controlo de Fraudes do Ministério das Finanças francês deu à empresa de Elon Musk quatro meses para cumprir a regulamentação em vigor no país.
Em causa está, mais uma vez, o marketing da Tesla sobre a sua condução “totalmente autónoma”. Depois de receber várias queixas de consumidores, a autoridade francesa deu início a uma investigação que concluiu que a empresa faz alegadamente publicidade enganosa. Tudo porque o nível de automação anunciado pela Tesla não é real ou, sequer, permitido legalmente nas estradas francesas.
Se não cumprir com as solicitações das autoridades, a Tesla será multada num valor que pode chegar aos 50.000 por dia.
Mas não é apenas a alegada publicidade enganosa que está a ser alvo de escrutínio. Na sua investigação, as autoridades francesas apuraram que a Tesla emitiu contratos de venda sem especificar data, hora ou local para a entrega dos veículos aos clientes.
A mesma investigação descobriu também que a empresa de Elon Musk regista atrasos longos no reembolso de pedidos cancelados.
Proprietários revoltam-se contra Elon Musk
Mas não são apenas as autoridades a colocarem à prova a Tesla. Um grupo de dez proprietários franceses entrou na justiça com um processo contra a empresa com a alegação de que os seus veículos se tornaram “totens da extrema-direita”.
Este grupo alega que o apoio público de Elon Musk a partidos desta área política e a sua associação a Donald Trump tornaram os veículos da Tesla em alvos de vandalismo, além de terem diminuído o seu valor comercial.
Estes proprietários querem rescindir os seus contratos de locação, alegando que a Tesla não consegue garantir “o uso pacífico dos bens vendidos”. Este é um princípio que está consagrado no código civil francês, tal como explica o site ArenaEV.