
A Tesla quer entrar no mercado energético europeu. A empresa liderada por Elon Musk, conhecida mundialmente pelos seus carros elétricos, apresentou um pedido à Ofgem, o regulador de energia do Reino Unido, para obter licença de fornecimento de eletricidade.
Se a proposta for aprovada, a Tesla poderá começar a fornecer energia para residências e empresas em Inglaterra, Escócia e País de Gales já no próximo ano.
Tesla vai disputar mercado com as gigantes da energia
Segundo informações da BBC, a solicitação foi assinada por Andrew Payne, responsável pelas operações de energia da Tesla na Europa, e entregue no final do mês passado. A Ofgem poderá demorar até nove meses a analisar o pedido.
Com a licença, a Tesla entraria em competição direta com as principais fornecedoras de eletricidade do Reino Unido, desafiando empresas históricas que dominam o setor.
Embora seja mais reconhecida pela produção de veículos elétricos (VE), a Tesla já atua de forma relevante na energia solar, no armazenamento de baterias e em soluções de energia doméstica. E esta não seria a primeira experiência da Tesla como fornecedora de eletricidade.
No Texas, nos Estados Unidos, a Tesla Electric já oferece um serviço inovador: permite que proprietários de veículos elétricos carreguem os carros a preços reduzidos e recebam compensações por enviar energia excedente de volta à rede elétrica.
No Reino Unido, a marca já vendeu mais de 250 mil veículos elétricos e dezenas de milhares de baterias domésticas, criando assim uma base sólida de clientes para o novo serviço.
Queda nas vendas de carros e pressão da concorrência
A entrada no setor energético surge num momento de pressão para a Tesla na Europa. As vendas de veículos elétricos da marca registaram quedas significativas:
- Reino Unido: matrículas caíram quase 60% em julho
- Alemanha: queda superior a 55% no mesmo período
- Europa: redução global de 45% nos 10 principais mercados
A BYD, fabricante chinesa, tem ganho espaço com modelos mais acessíveis, representando uma ameaça crescente para a Tesla no segmento de elétricos.
Além dos desafios comerciais, Elon Musk enfrenta críticas pelo seu relacionamento com figuras políticas, incluindo o presidente dos EUA, Donald Trump, e pelo seu envolvimento com políticas de direita no Reino Unido, Alemanha e Itália, colocando ainda mais pressão sobre a imagem da marca.
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