Tens de conhecer a maior impressora 3D do mundo que faz casas (vídeo)

Luís Guedes
Luís Guedes
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Recentemente foi revelada a maior impressora 3D do mundo, feita na Universidade de Maine. Aparentemente, esta terá a capacidade de criar prédios inteiros, no futuro. Recorde-se, a título de curiosidade, que, antes desta, a impressora 3D maior do mundo também foi feita no mesmo local.

O grande anúncio foi feito na própria universidade, localizada nos Estados Unidos. Tal como refere a AP News, este pode ser um grande passo no que toca à habitação acessível. Recorde-se que este tem sido um problema, não só em Portugal, como noutros lados do mundo.

Ainda nem se conhece o potencial todo desta futura impressora 3D, mas já se pensa na próxima. De acordo com Habib Dagher, diretor do Advanced Structures & Composite Center da UMaine, “estamos a aprender com isso para projetar o próximo”.

No evento de apresentação, estiveram presentes vários nomes fortes dos setores de defesa, energia e habitação. No entender de Heidei Shyu, subsecretária de defesa para pesquisa e engenharia, trata-se de um verdadeiro “farol de inovação”.

A impressora 3D tem 29 metros de comprimento, 10 metros de largura e 5,5 metros de altura

Posto isto, impera uma questão: quais são as capacidades ao certo desta impressora? Como refere a AP News, a impressora 3D consegue imprimir objetos com 29 metros de comprimento, 10 metros de largura e 5,5 metros de altura.

Recorde-se que a impressora original, que surgiu em 2019, foi destacada pelos recordes do Guinness. A distinção foi de maior impressora 3D de polímero do mundo. A impressora em questão foi batizada de “BioHome3D” e pode resolver grandes problemas da sociedade.

Para além de construir casas e oferecer alternativas a quem procura habitação, a Universidade de Maine indica que a pegada de carbono na construção é manifestamente mais reduzida.

De acordo com a AP News, as áreas de construção são responsáveis por cerca de 37% das emissões de gases com efeito de estufa. Tal acontece devido ao uso de componentes como cimento, aço, ou alumínio que têm um impacto negativo no ecossistema.

Os edifícios feitos com impressora 3D são recicláveis

Nesse sentido, outra boa notícia acerca destes edifícios feitos com impressora é o facto de serem recicláveis. Nas palavras de Dagher, “podes basicamente desconstruí-los, pode triturá-los, e se desejares, reimprimir e fazer de novo”.

Ainda assim, é possível que haja alguma desconfiança em relação à qualidade da casa. No entender do diretor do Advanced Structures & Composite Center da UMaine, não há qualquer motivo para preocupação.

Isto porque o objetivo não é criar casas frágeis. Antes pelo contrário,“queríamos construir uma casa onde as pessoas dissessem: 'uau, quero muito morar lá” - explica Dagher (via AP News).

O investimento foi avultado e grande parte do financiamento contou com o apoio do Corpo de Engenheiros do Exército. São vários milhões de dólares destinados à evolução de um sistema que promete ser bastante útil nos próximos tempos.

O objetivo é aproveitar alguns recursos naturais da zona do Maine

Impressora 3D Maine
Casa construída pela impressora 3D (via AP News Youtube)

Apesar de tudo, os investigadores da impressora 3D têm o objetivo de rever o material a ser consumido pela máquina. Desta forma, o objetivo pode passar por mais matérias-primas biológicas provenientes da madeira. Importa destacar que esta é abundante na zona do Maine.

Até ao momento, já se viram criações verdadeiramente impressionantes. A impressora 3D que anteriormente era detentora do recorde do Guinness, também da Universidade de Maine, chegou a elaborar um barco.

Hoje em dia, o objeto passa por fazer outro barco com o dobro do tamanho e edifícios de habitação acessível. Posto isto, o que irá acontecer à impressora 3D original?

A resposta é simples: irá manter-se em atividade. Como refere a AP News, as duas deverão ser usadas em simultâneo, o que pode agilizar ainda mais os processos de fabrico.

Luís Guedes
Luís Guedes
É apaixonado pela escrita. Desde tecnologia, a entretenimento, passando sempre pela música e pelos livros, o Luís é fascinado por tornar o complexo em simples e o simples em ainda mais simples.