Ao que tudo indica, a Google irá apagar os registos de dados web em modo de navegação anónima. A informação foi apresentada esta segunda-feira, 1 de abril, com base numa proposta de acordo de ação coletiva.
Tal como refere o The Verge, o acordo em questão pode beneficiar cerca de 136 milhões de utilizadores da Google. Recorde-se que, em 2020, foi estabelecida uma ação judicial sobre este mesmo tema. As alegações apontavam para um rastreio ilegal dos dados por parte da empresa.
Para que a medida se concretize, ainda terá de ser aprovada por um juiz federal da Califórnia. De acordo com a mesma fonte de informação, a queixa coletiva inicial exigia uma indemnização de 5 mil milhões de dólares, a ser paga pela Google.
Sobre o assunto, um dos defensores do acordo destaca a importância deste passo. No seu entender, a possibilidade da Google apagar os dados contribui para uma relação mais transparente com os utilizadores.
“Este acordo garante responsabilidade e transparência reais do maior coletor de dados do mundo e marca um passo importante para melhorar e defender o nosso direito à privacidade na Internet” (via The Verge).
A Google mostra-se satisfeita em resolver o processo
Do lado da Google, a conclusão do processo é um motivo animador. Segundo José Castañeda, porta-voz da empresa, a Google mostra-se “satisfeita em resolver este processo, que sempre [acreditou] ser infundado”.
Sobre o alegado uso ilícito dos dados dos navegadores, Castañeda nega essa possibilidade. Nas palavras do próprio, “nunca associamos dados aos usuários quando eles usam o modo de navegação anónima”.
De qualquer forma, o acordo pressupõe que a Google terá de fazer algumas mudanças. Uma delas é o facto da empresa passar a permitir que o utilizador possa bloquear os cookies de terceiros. Prevê-se que este acordo dure 5 anos (via The Verge).
Ainda que a queixa inicial reclamasse por 5 mil milhões de dólares, o acordo em questão não contempla qualquer indemnização a ser paga pela Google.