Os cientistas da NASA têm usado o Telescópio Espacial James Webb (JWST) com o intuito de explorar a Aurora Cósmica. Ou seja, os primeiros milhões de anos em que se terão formado as primeiras galáxias.
De acordo com a NASA, as galáxias em questão dão um conjunto de informações muito relevantes à compreensão da origem de tudo. Assim, pode compreender-se como é que o gás, as estrelas e os buracos negros funcionavam antes.
A galáxia terá aparecido 290 milhões de anos depois do Big Bang
Ao que tudo indica, parece que os trabalhos estão a colher os seus frutos. Isto porque os cientistas conseguiram analisar a galáxia mais distante que há memória de ter sido estudada.
Supostamente, esta terá aparecido cerca de 290 milhões de anos depois do Big Bang. Como referem fontes especializadas da NASA, a pesquisa permitiu encontrar várias galáxias dos primeiros 650 milhões de anos.
No entanto, o grande destaque vai mesmo para a mais recente descoberta de janeiro de 2024. Os investigadores afirmam ter detetado uma galáxia, chamada JADES-GS-z14-0, que analisaram durante cerca de dez horas.
Após esse período, foi possível entender que “a galáxia estava de facto num desvio para o vermelho de 14,32, quebrando o recorde do anterior registo de galáxia mais distante” que tinha um desvio de 13,2.
Os termos são bastante técnicos, no entanto a conclusão é simples: foi a galáxia mais distante alguma vez observada. No entanto, o destaque não recai apenas aí, mas também na informação que se obteve.
Os cientistas concluem que a galáxia tem uma massa muito superior à do Sol
Como refere a NASA, esta observação feita pela equipa permitiu entender que a galáxia deverá ser bastante luminosa. Os dados mostram que esta apresenta mais de 1600 anos-luz de diâmetro.
De forma a tentar explicar o significado prático disto mesmo, os cientistas referem que isso “prova que a luz que vemos vem principalmente de estrelas jovens e não de emissões perto de um buraco negro supermassivo em crescimento. Esta quantidade de luz estelar implica que a galáxia tem centenas de milhões de vezes a massa do Sol” (via NASA).
Mesmo assim, esta descoberta levanta outra grande dúvida junto da comunidade científica: como foi possível criar uma galáxia tão brilhante em menos de 300 milhões de anos? É uma questão que fica por responder.
Para além disso, os cientistas da NASA reparam que a galáxia descoberta não é tão azul como seria de prever. Antes pelo contrário, é mais avermelhada do que o expectável, o que pode ser indício de poeiras.
Por tudo isso e muito mais, os especialistas acreditam que a JADES-GS-z14-0 poderá crescer ao longo do tempo cósmico. Estes consideram ainda que é provável que este recorde de distância possa ser batido, durante a próxima década.