
Tráfego de acesso à Internet móvel aumentou mais de 30%
Já sabíamos que o tráfego em Internet fixa tinha aumentado em Portugal e agora ficámos a saber que o tráfego de acesso à Internet móvel acompanhou esta tendência com um crescimento significativo, entre abril e junho deste ano.
De acordo com dados agora divulgados pela Anacom, o tráfego para acesso à Internet através da banda larga móvel aumentou 34,4%. A entidade de comunicações esclarece que este crescimento verifica-se não só pelo “aumento do número de utilizadores”, como sobretudo, “pelo aumento da intensidade de utilização do serviço”.
Consequentemente, o tráfego médio mensal por utilizador registou também um aumento no segundo trimestre de 2025, tendo crescido 33,6% face ao mesmo período do ano anterior.
Por sua vez, as comunicações por voz seguem a tendência inversa. O tráfego de voz móvel registou uma descida de 3,9%, face ao mesmo período de 2024, avança a entidade.
Diz a Anacom que “o número de minutos de conversação por acesso de voz móvel foi, em média, de 201 por mês, o que representa aproximadamente 7 minutos por dia. Em comparação com o ano anterior, o tráfego médio mensal diminuiu 10 minutos (-4,8%)”.
O que significa que os portugueses usam o telefone cada vez mais para navegar no mundo Web do que para fazer chamadas telefónicas.
4,6 milhões de utilizadores com Internet móvel 5G
A utilização do 5G em Portugal também continua a crescer. No final do segundo trimestre deste ano, “o número de utilizadores de Internet móvel através de 5G totalizou 4,6 milhões”, avança a Anacom.
Segundo os dados revelados neste relatório, o tráfego móvel a partir das redes 5G representa já 22,3% do total de tráfego de dados móveis. Cada utilizador estará a gastar 8,1 GB mensais em Internet móvel 5G.
No que respeita às operadoras, a “MEO continua a ser o principal prestador com 36,0% dos acessos móveis ativos com utilização efetiva”, esclarece a Anacom.
Em segundo lugar está a NOS com 31% dos acessos, seguida da Vodafone com 27,7%. Por fim, o “Grupo DIGI/NOWO e a Lycamobile com quotas de 3,1% e 2,1%, respetivamente”.