A variante Delta fez disparar o Mercado Negro dos Certificados à venda na Telegram, a principal rival do WhatsApp. De acordo com o estudo feito pela Check Point Research o número de grupos de Telegram para este fim aumentou 257% desde março de 2021.
Segundo esta fonte, foram encontrados mais de 2500 grupos ativos dedicados a este fim. Mais ainda, o número de seguidores de cada grupo aumentou 566% desde março último, tendo agora cada grupo, em média, 100 000 seguidores.
Maioria dos certificados falsos vendidos no Telegram destinam-se a países da Europa
O estudo efetuado pela Check Point Research encontrou certificados de vacinação de quase todos os países por preços que começam nos 100 dólares. Mais ainda, a maioria dos certificados falsos vendidos destinam-se a países da Europa.
Trata-se de um crescimento exponencial da atividade relacionada com a venda de certificados de vacinação falsos, principalmente na plataforma Telegram.
A Telegram é uma das maiores apps de mensagens e plataformas de comunicação instantânea, tendo recebido vários utilizadores novos após o descalabro com a alteração à política de privacidade do WhatsApp no início de 2021.
Mais de 2500 grupos na Telegram, cada um com 100 mil seguidres
Desde março deste ano, o número de grupos ativos para este propósito aumentou 257% – são já mais de 2500. No mesmo sentido, o número de seguidores médio destes grupos aumentou 566% e a CPR estima que cada um tenha, em média, 100 mil seguidores.
Os certificados forjados custariam apenas 100 dólares. Como aponta a agência, há anúncios que prometem o certificado digital da União Europeia e não só. Também se encontram os cartões de vacinação do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), nos EUA e do National Health Service (NHS) do Reino Unido.
De igual modo, também os testes PCR à COVID-19 são oferecidos a quem estiver disposto a pagar.
A Telegram é a alternativa mais popular ao WhatsApp
Os vendedores organizam os seus serviços em grupos de Telegram, explorando as capacidades da plataforma. Na prática, esta é a app eleita pelos cibercriminosos como a mais eficiente a nível da distribuição. E, com efeito, alguns destes grupos excedem os 450 000 seguidores.
Há ainda certificados de vacinação de quase todos os países disponíveis para compra. Mais concretamente, a maioria dos certificados falsos são vendidos para países da Europa.
Grupos exploram o receio da vacinação e visam o lucro
Ainda de acordo com a fonte, estes grupos dirigem-se especialmente a pessoas “que não querem tomar a vacina”. Segundo o seu estudo, uma das ofertas afirmava: “Estamos aqui para salvar o mundo desta vacina venenosa.”
Já como benefícios do seu “produto”, os anunciantes mencionam a possibilidade de viajar e trabalhar em liberdade. Segundo os mesmos, os cartões de vacinação vendidos estão registados e verificados pelo sistema online dos principais serviços de saúde (NHS, CDC e a base de dados da União Europeia).
O método de pagamento mais aceite é o PayPal e as criptomoedas (Bitcoin, Monero, Dogecoin, Litecoin, Ethereum e outros). Em alguns casos, também são aceites cartões-oferta da Steam, Amazon ou e-Bay.
A forma de contactar os cibercriminosos é simples – os próprios indicam que a sua plataforma de contacto é o Telegram, WhatsApp, e-mail, entre outras.
Em síntese, se no início grande parte dos certificados falsos eram anunciados na darknet, agora a maioria da atividade do mercado negro concentra-se no próprio Telegram.
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