Quando utilizada de forma proveitosa, a tecnologia pode ser uma grande aliada. Pelo menos, é essa a opinião de Mary Burns. A investigadora em tecnologia aplicada à educação acredita que esta pode ser útil à aprendizagem dos alunos.
Ainda assim, a própria considera que isso não invalida que o elemento mais importante continue a ser o professor. Numa intervenção relacionada com a área, Burns sugeriu que o ensino e a tecnologia podem funcionar de forma complementar.
“É preciso focar menos na tecnologia e mais na educação e não esquecer que a tecnologia sozinha não vai ensinar os nossos alunos. Primeiro é preciso ter excelentes professores” - referiu a própria, citada pelo Observador.
No entender de Mary Burns, os recursos tecnológicos podem ser bastante úteis, em particular, para um grupo específico de alunos. A investigadora considera que a tecnologia pode ter resultados positivos para quem tem mais dificuldades em aprender.
Como refere a mesma fonte de informação, é possível que, para muitos alunos, os ecrãs possam ser mais apelativos. Assim, aprendendo com base em vídeos ou outros recursos multimédia pode traduzir-se em melhor aproveitamento.
Burns salienta que, apesar da tecnologia, os professores serão sempre o mais importante
De qualquer forma, Burns nunca deixa de reforçar a premissa inicial: o mais importante serão sempre os professores. Na ótica da docente da Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti, deve-se investir em bons professores, capazes de trabalhar bem com os alunos.
No ensino atual, já se começa a ouvir falar em tablets e computadores, em vez dos tradicionais livros escolares. Para a investigadora, trata-se de uma ferramenta que pode ser bastante útil para os alunos.
Acerca da nova estratégia de ensino, Burns acredita que se trata de uma modalidade mais atrativa. Para além disso, a própria destaca a maior facilidade em transportar o material escolar. A própria refere que é mais simples carregar um tablet do que “cinco ou seis livros” (via Observador).
Apesar de reconhecer algumas vantagens ao uso de tablets, a investigadora identifica dificuldades de leitura que se associam aos ecrãs. Por isso mesmo, considera que ainda é preciso um livro, em papel, para se aprender a ler, por exemplo.
Embora veja potencialidades positivas na tecnologia, Mary Burns revê-se nos pais que se preocupam com o excesso de tempo de ecrã dos filhos. Mesmo assim, considera que, quando usada de forma correta, a tecnologia pode ser vantajosa num contexto de ensino.