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Táxis voadores vão aterrar em Nova Iorque — mais em breve do que imaginas

Sabryna Esmeraldo
Sabryna Esmeraldo
Tempo de leitura: 3 min.

A ideia de sobrevoar o trânsito caótico de Nova Iorque está cada vez mais próxima de sair da ficção científica. A Archer Aviation, empresa de Santa Clara especializada em eVTOLs (aeronaves elétricas de descolagem e aterragem vertical), revelou planos para instalar uma rede de vertiportos na cidade já nos próximos meses.

O objetivo ambicioso é começar a transportar passageiros entre Manhattan e aeroportos como o JFK em apenas 5 a 15 minutos.

Um voo de Manhattan ao JFK em vez do engarrafamento

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O eVTOL Midnight acomoda 4 passageiros (Imagem: Divulgação / Archer Aviation)

A proposta é simples: cortar drasticamente o tempo de deslocação que hoje pode ultrapassar as 2 horas de carro nas horas de ponta. A rede será baseada em heliportos já existentes, operados por parceiros como a Atlantic Aviation, que está a preparar o histórico heliporto de Manhattan para receber os primeiros voos elétricos.

O modelo escolhido para esta operação é o Midnight, eVTOL da Archer com capacidade para 4 passageiros e um piloto. A aeronave promete voos rápidos, silenciosos e com emissões zero — e já conta com uma encomenda de 300 unidades por parte da United Airlines.

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A United Airlines já encomendou 300 táxis aéreos da Archer (Imagem: Divulgação / Archer Aviation)

A mesma companhia aérea está envolvida na operação da rede em Nova Iorque e poderá integrar os táxis aéreos como extensão dos seus voos regulares, reduzindo o tempo total de viagem “porta-a-porta”.

O preço de voar sobre Nova Iorque? 150 dólares

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A Archer planeia construir uma rede de vertiportos em Manhattan (Imagem: Divulgação / Archer Aviation)

Se tudo correr como planeado, uma viagem aérea entre Manhattan e o JFK poderá custar cerca de 150 dólares, praticamente o mesmo que uma corrida de Uber Black ao nível do solo. E para Adam Goldstein, CEO da Archer, o mercado nova-iorquino está mais do que pronto para levantar voo.

“Com a infraestrutura de helicópteros já existente, apoio regulatório e uma procura elevada, acredito que Nova Iorque pode ser um dos primeiros mercados para táxis aéreos nos Estados Unidos”, declarou numa notícia do site oficial da Archer.

A ambição é clara e o cronograma apertado: o objetivo declarado é iniciar a operação comercial já em 2025. A contagem decrescente já começou.

Certificação, voos de teste e concorrência

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Mapa dos diferentes vertiportos que a Archer planeia construir em Nova Iorque (Imagem: Divulgação / Archer Aviation)

A Archer está na reta final para obter a “Certificação de Tipo” da FAA (Administração Federal de Aviação dos EUA), documento essencial para que possa operar voos comerciais nos principais aeroportos do país.

A empresa já conseguiu realizar a transição bem-sucedida do voo pairado para voo horizontal — uma barreira tecnológica que poucos conseguiram ultrapassar até agora — juntando-se assim a nomes como a Joby Aviation, AutoFlight e Beta Technologies.

Segundo o AAM Reality Index, uma classificação que avalia a prontidão das empresas do setor da mobilidade aérea, a Archer está entre as favoritas para lançar operações comerciais ainda este ano. A Joby também deverá levantar voo até ao final de 2025, depois de realizar um voo tripulado em Nova Iorque em 2023 com o seu modelo S4.

Já a Volocopter, outro nome em destaque, enfrenta tempos mais turbulentos. Após declarar insolvência em dezembro e entrar em administração judicial no início de 2024, foi recentemente adquirida pela Diamond Aircraft, o que levanta dúvidas quanto à viabilidade do seu cronograma para 2025.

Nova Iorque, mas não só: planos também para LA e São Francisco

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Uma representação do campus de uso misto Kilroy Oyster Point, em São Francisco, com um centro de mobilidade proposto para o Archer Sea Portal (Imagem: Divulgação / Archer Aviation)

Apesar de agora estar de olhos postos em Nova Iorque, a Archer já tinha anunciado anteriormente a construção de redes semelhantes em São Francisco e Los Angeles, com o objetivo de criar corredores aéreos rápidos entre pontos estratégicos das duas cidades.

A base industrial para essa expansão já está em marcha: uma nova fábrica está a ser construída na Geórgia, com capacidade para produzir mais de 2.000 aeronaves por ano, em parceria com a gigante automóvel Stellantis.

Parece que não vai demorar até vermos os táxis aéreos em ação.

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Sabryna Esmeraldo
Sabryna Esmeraldo
Sabryna trabalha com comunicação há mais de dez anos e especializou-se a produzir conteúdos e tutoriais sobre aplicações e tecnologia. Consumidora de streamings e redes sociais, adora descobrir as novidades do mundo.