Falar em táxis aéreos era ficção científica há uns anos, mas agora já é uma realidade. Quem tem grandes objetivos nessa área é a Joby Aviation, que fez um voo impressionante de cerca de 840 quilómetros.
Recorde-se que foi o primeiro voo nestas dimensões, a usar apenas energia de hidrogénio. Tudo o que a aeronave largou foi vapor de água, num ensaio para aquele que é o objetivo final: implementar uma rede de táxis aéreos.
A Joby tem estado na linha da frente, em busca de ser a grande referência no setor e quer aeronaves 100% elétricas. Como refere a Popular Science (Pop Sci), este teste bastante positivo foi feito nos Estados Unidos, na zona da Califórnia.
Depois de aterrar, ainda sobrava 10% de bateria
Quando a nave chegou a terra, tinha cerca de 10% da bateria, o que nos faz supor que talvez conseguisse chegar até perto dos 900 quilómetros de alcance. Recorde-se que, há cerca de dois anos, a Joby comprou uma startup bastante importante para a sua evolução: a H2Fly.
A empresa em questão foi a primeira de sempre a conseguir fazer um voo de aeronave elétrica com hidrogénio líquido. O que também agrada ao público é o compromisso da Joby, não só em inovar, mas também em ser amiga do planeta, já que o próprio CEO reconhece que é preciso “encontrar maneiras de torná-lo mais limpo”.
Como explica JoeBen Bevirt, “com o nosso táxi aéreo elétrico a bateria definido para mudar fundamentalmente a maneira como nos movemos pelas cidades, estamos animados em agora construir uma pilha de tecnologia que pode redefinir as viagens regionais usando aeronaves elétricas a hidrogénio (via Pop Sci).
Hidrogénio é alternativa "verde", mas de cara produção
Cada vez mais, ouvimos falar em hidrogénio como forma alternativa de combustível. A comunidade científica e tecnológica tende a acreditar que este será capaz de diminuir largamente as emissões de CO2.
Escusado será dizer que, no universo dos transportes, este é um grande problema. Segundo a Agência Internacional de Energia, só em 2022, as aeronaves emitiram cerca de 2% dos níveis de CO2 registados na atmosfera.
De qualquer forma, é cedo para nos precipitarmos, até porque a energia do hidrogénio ainda é muito cara, em termos comparativos. Também há quem diga que, ao contrário do que se pensa, não é uma forma tão ecológica assim.
Isto porque grande parte do hidrogénio produzido contém gás natural: uma grande fonte emissora de CO2. É expectável que a tendência seja ir aprimorando, cada vez mais, um conceito de “hidrogénio verde”. Uma prova disso é a intenção do governo dos Estados Unidos em investir cerca de 6,4 mil milhões de euros só em centros de hidrogénio.