O reator Superconducting Tokamak Advanced Research (KSTAR) da Coreia do Sul, também conhecido por Sol artificial, estabeleceu um novo recorde. Conseguiu sobreaquecer um circuito de plasma com uma temperatura de 100 milhões de graus Celsius, durante 48 longos segundos.
Novo recorde é mais um passo para uma fonte de energia limpa
Recorde-se que o KSTAR era já o detentor do recorde anterior que manteve esta temperatura escaldante por cerca de 30 segundos. Ainda que o novo recorde tenha um aumento de apenas 18 segundos, este representa mais um passo importante para o desenvolvimento de uma fonte de energia limpa.
Há mais de 70 anos que cientistas e investigadores tentam aproveitar o poder da fusão nuclear, processo através do qual as estrelas queimam.
Na prática, a fusão de átomos de hidrogénio para produção de hélio sob temperaturas e pressões extremas, leva as estrelas de sequência principal a converter matéria em luz e calor. O resultado são quantidades massivas de energia, isenta de gases com efeito estufa ou resíduos radioativos.
Mas claro que replicar processos que ocorrem no interior das estrelas é uma tarefa, no mínimo, desafiante e complexa. O processo comum para reatores de fusão funciona aquecendo o plasma até temperaturas extremas.
Mas um dos principais problemas é manter este mesmo plasma superaquecido, no mesmo lugar, por tempo suficiente até que aconteça a fusão nuclear. Daí a importância do novo recorde registado pelo Sol artificial sul-coreano.
Recorde-se que os reatores de fusão necessitam de temperaturas extremas – por vezes, mais elevadas que o Sol – porque operam a pressões bastante mais baixas do que as estrelas no seu processo de fusão natural.
