A Rússia é um dos maiores mercados mundiais de smartphones, tablets e demais dispositivos móveis, para além de ser, geograficamente, o país com maior extensão. Todavia, desde o início do conflito armado com a Ucrânia que várias fabricantes como a Apple, Samsung, DJI, Ericsson e outras saíram do país.
Entretanto, as fabricantes sediadas na China permaneceram no país e engrossaram consideravelmente as respetivas quotas de mercado. Com efeito, os analistas estimam que até 90% do mercado de smartphones da Rússia será dominado por marcas oriundas da China. Mais concretamente, pela Realme, Vivo, Xiaomi, entre outras.
Sanções aplicadas à Rússia resultaram na saída de várias marcas de smartphones
O resultado? Uma alteração rápida num dos maiores mercados mundiais de smartphones e dispositivos móveis. As alterações foram primeiramente noticiadas pela publicação russa Kommersant dando conta do rápido crescimento das fabricantes sediadas na China.
Em simultâneo, a publicação refere o Top 7 de marcas de dispositivos móveis durante a primeira metade de 2022 na Rússia. A saber, temos a Realme, Vivo, Xiaomi, Tecno, Infinix, ITel, bem como a Nokia (empresa com capital oriundo da China).
Em particular, fabricantes chinesas como a Tecno, Infinix, Realme, e a Xiaomi registaram um crescimento anual de 100% no volume de vendas durante o 1.º semestre de 2022 face ao período homólogo de 2021. Em suma, com a saída de várias OEM's ocidentais e da sul-coreana Samsung, o mercado ficou entregue totalmente às fabricantes sediadas na China.
Marcas oriundas da China crescem a 100% no mercado da Rússia
Fabricantes como a Realme que, no 1.º semestre de 2021 vendeu apenas 498 000 unidades na Rússia, alcançariam mais de 1,1 milhões de unidades vendidas durante o 1.º semestre de 2022. Uma tendência, com efeito, partilhada com as demais fabricantes oriundas da gigante nação asiática.
Em particular, a POCO terá aumentado em 16% o seu volume de vendas, ao passo que a Nokia aumentou em 40% o volume de unidades vendidas neste país. Por outro lado, marcas como a Apple e Samsung registaram quebras de 14% e 15%, respetivamente.
A mesma tendência tem favorecido outras fabricantes chinesas com menor expressão no mercado que, de momento, têm um cenário desimpedido. Ou seja, sem a concorrência de marcas estabelecidas como a Apple, Samsung, entre outras, o mercado russo tornou-se subitamente extremamente promissor.
Todavia, a Rússia sofre com a escassez de componentes que, aliás, afeta o mercado global. Em simultâneo, a oferta não estará a igualar a procura por novos dispositivos móveis. Isto ao ponto de recentemente o Kremlin ter "legalizado" o mercado paralelo (leia-se, o mercado negro) para tentar equilibrar a balança comercial.
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