Smartphones: o maior mercado mundial contraiu 20,4% em 2020

Rui Bacelar
Rui Bacelar
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A China é o maior mercado global de smartphones e de acordo com os dados divulgados pelo governo chinês, também aí o impacto da pandemia COVID-19 se fez sentir. Segundo avança a agência Reuters, com base nos dados oficiais, o mercado caiu 20,4%.

Trata-se de um sério revés face aos valores do ano prévio naquele que é o mercado que mais smartphones absorve para consumo interno. As métricas foram disponibilizadas por fonte oficial do governo chinês e mostram o impacto da pandemia na economia.

Em 2020 o número de smartphones vendidos na China caiu para 296 milhões

Em 2019 este valor chegou aos 372 milhões de unidades vendidas no mercado interno. Uma quebra de 20,4% naquele que é o mercado "mobile" mais importante, balizando a indústria dos dispositivos móveis e servido de barómetro para o mercado mundial.

Já em 2019 o volume de smartphones vendidos na China havia caído 4% face ao registado em 2018, segundo os dados avançados pela instituição chinesa CAICT. O mercado estava então em contração, mas tudo apontava para uma recuperação em 2020.

Com efeito, o início de 2020 trouxe esperança redobrada das fabricantes perante a generalização de smartphones equipados com 5G, ao mesmo tempo que a China reforçava a sua infraestrutura de redes. Tudo se preparava para um novo "boom" de vendas.

A Xaomi, OPPO e Vivo sofreram quebras em 2020, a Huawei chegou a crescer

Ao passo que nos primeiros seis meses de 2020 tanto a Xiaomi, como a OPPO e a Vivo sofreram uma quebra de vendas, a Huawei cresceu em contra-mão. Caindo severamente nos mercados globais, a Huawei cresceu bastante no seu mercado natal.

No entanto, durante a segunda metade de 2020 as vendas da Huawei viriam a abrandar. Fruto do agravar das sanções impostas pelos Estados Unidos da América, a maior fabricante chinesa viu-se privada de componentes e chips essenciais aos seus produtos.

Ao passo que a fabricante dominante agonizava perante a falta de componentes, a Xiaomi, OPPO e Vivo redobraram os esforços. Mais que nunca, estas três entidades fizerem concorrência forte e implacável à conterrânea dentro e fora da China.

Foi também durante a segunda metade de 2020 que a Apple lançou os iPhone 12 na China, já preparados para as redes 5G. De acordo com vários analistas de mercado, os consumidores leais à Apple e que adiaram a atualização para um novo iPhone, fizeram-no assim que a geração iPhone 12 chegou às lojas. Em 2020, a Apple cresceu bastante na China.

Por fim, no mês de dezembro as fabricantes expediram um total de 25,2 milhões de unidades dos seus armazéns. Segundo os dados avançados pela entidade chinesa isto representou uma quebra de 12,8% face aos valores registados em 2019.

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Rui Bacelar
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O Rui ajudou a fundar o 4gnews em 2014 e desde então tornou-se especialista em Android. Para além de já contar com mais de 12 mil conteúdos escritos, também espalhou o seu conhecimento em mais de 300 podcasts e dezenas de vídeos e reviews no canal do YouTube.