A chinesa TCL confirmou que não colocará no mercado nenhum smartphone dobrável no futuro próximo. A confirmação chega após a empresa ter criado vários protótipos de smartphones dobráveis no passado recente, acompanhada de uma justificação plausível.
Para a TCL, o mercado dos smartphones dobráveis não é alvo de interesse até que "o preço médio dos dispositivos seja acessível ao maior número possível de consumidores". Em síntese, o seu "Project Chicago" acabará por nunca ver a luz do dia.
TCL suspende indefinidamente o desenvolvimento de smartphones dobráveis
Este ano não teremos um smartphone dobrável a ser apresentado pela TCL. Aliás, não teremos nenhum smartphone com esta configuração nos próximos tempos, segundo a decisão comunicada pela própria fabricante chinesa aos media especializados.
Foi através de uma conferência de imprensa que um dos executivos de topo na TCL, Stefan Streit confirmou a suspensão dos trabalhos neste setor. Streit afirmou também que a empresa investiu "vários milhares de dólares" na pesquisa e desenvolvimento dos ecrãs dobráveis e tecnologias de display necessárias para este formato.
Mais concretamente, chegaram a desenvolver novos tipos de display para os seus smartphones dobráveis. Aliás, com alguns protótipos funcionais a serem produzidos.
Com efeito, desde 2019 que a TCL nos teu seduzido com a sua smartband dobrável, bem como os smartphones dobráveis propriamente ditos. O último dos quais, aliás, foi um smartphone com ecrã extensível.
A TCL desenvolveu novas tecnologias de display e vários protótipos funcionais
Em abril de 2021 a TCL mostraria o seu último telefone experimental, visível acima, combinando elementos de um dispositivo dobrável com ecrã extensível. No entanto, nenhum dos seus produtos dobráveis chegaria a ser produzido em massa.
Agora, de acordo com a fabricante, devido ao acumular de custos, bem como a magnitude do capital de desenvolvimento e investigação necessário, em combinação com o período pandémico, terão obrigado a TCL a repensar a sua estratégia.
Stefan Streit, CMO da TCL afirmou o seguinte "A TCL tomou a difícil decisão de suspender o lançamento do seu primeiro smartphone dobrável a chegar ao mercado de consumo. Até que a empresa consiga colocar no mercado um produto com preço acessível para todos os consumidores, os trabalhos serão suspensos."
A TCL definiu como prioridade a sua iniciativa "5G for All"
Apesar das notícias menos animadoras, a empresa não desistiu do seu "Project Chicago". Com efeito, deram a entender que voltaria a trabalhar no projeto caso o atual enquadramento se altere. Este telefone estaria já nas últimas fases de desenvolvimento antes da apresentação oficial e da produção em massa para o mercado de consumo.
Aliás, uma simples pesquisa Google mostrará algumas unidades de testes já nas mãos de alguns reviewers que tiveram acesso prévio a tais unidades. O consumidor, contudo, terá que esperar agora por condições mais favoráveis no mercado mobile caso queira comprar uma unidade pronta do dispositivo móvel.
O dobrável mais ambicioso da TCL era similar ao Samsung Galaxy Z Flip 3
O smartphone TCL seguia as linhas do atual Samsung Galaxy Z Flip 3, sendo um dobrável estilo flip phone. Ao ser aberto, o telefone exibia um ecrã AMOLED de 6,67 polegadas. Quando fechado, tinha o ecrã exterior, AMOLED, de 1,1 polegadas. Aí podia exibir notificações, informações sucintas, acesso à lanterna, bem como outras ações rápidas.
O interior deste dobrável da TCL contava com o processador Snapdragon 765G da Qualcomm, com 6 GB de memória RAM, bem como 128 GB de armazenamento interno. A isto somava-se uma bateria com 3 545 mAh de capacidade no seu corpo fino.
O telefone usava ainda uma câmara principal dupla com sensores de 48 MP e 16 MP. Já a câmara frontal, para selfies, teria 44 MP.
Caso chegasse ao mercado seria um dos smartphones dobráveis mais baratos da atualidade. De acordo com os rumores a TCL queria vender este produto por cerca de 800 dólares.
Seria uma cifra consideravelmente abaixo de propostas com o mesmo formato de outras fabricantes como é o caso da Samsung, Xiaomi e Huawei, por exemplo.
Em síntese, com outra fabricante a abandonar a corrida aos dobráveis, o alarga-se o domínio da Samsung neste segmento.
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