A Huawei está numa embrulhada complicada. O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, proibiu as empresas americanas de negociar com a Huawei. Os smartphones da Huawei foram aqueles que mais sofreram. Pelo menos as vendas dos seus equipamentos.
Isto porque a Huawei ficou proibida de utilizar serviços Google nos seus equipamentos. Ou seja, os novos smartphones da marca não contam com YouTube, Google Play Store, Google Maps ou até o simples Gmail. Todos estes serviços tem de ser acedidos pelo browser.
Smartphones da Huawei não são dependentes dos Estados Unidos
Contudo, no que toca ao hardware dos seus equipamentos, a Huawei não é assim tão dependente dos Estados Unidos da América. Numa "teardown" do Huawei Mate 30, podemos ver que a maior parte dos componentes do equipamento são asiáticos. Na verdade, só há um componente que é dos EUA.
Huawei era dependente da Google, tal como todos os outros
Não é apenas a Huawei que era dependente da Google. Todos os outros fabricantes estariam em pior situação se lhes acontecesse o mesmo. A Google conseguiu fazer dos seus serviços tão importantes e banais para os utilizadores que um smartphone que não o ofereça é posto de lado.
Espero sinceramente que esta proibição não dure muito mais. Aparentemente, teremos este problema até 2021 devido à extensão de Donald Trump. Contudo, o mercado precisa de uma marca como a Huawei para criar uma concorrência para intensa. No final do dia, quem ganha é o utilizador final. Ou seja, tu e eu!
De onde vem o Huawei Mate 30 Pro, por exemplo
O Corning Gorilla Glass é o responsável para que o ecrã não risque facilmente e um dos poucos componentes vindos dos EUA. Uma pequena cobertura ao ecrã que é dado para nos oferecer mais resistência. De referir que a Corning conseguiu uma licença extraordinária para continuar a negociar com a Huawei. Algo que a Google não conseguiu.
Assim sendo, olhando para o gráfico abaixo podemos ver que a maior parte dos produtos chegam um pouco por todo o mundo, todavia, os EUA não são um país propriamente importante para a construção do smartphone. Olhemos para o exemplo do Huawei Mate 30 Pro.
Componente | Fornecedor | País |
Ecrã OLED | Samsung Display | Coreia do Sul |
Processador | HiSilicon | China |
Câmara traseira | Sony | Japão |
DRAM | SK Hynix | Coreia do Sul |
Painel de corpo | Não identificado | ----- |
Câmara frontal | Sony | Japão |
Front end Model | Murata | Japão |
NAND memória Flash | Kioxia | Japão |
Bateria | Huizhou Desay Battery | China |
Modem | HiSilicon | China |
Antenas | HiSilicon | China |
Sensor biométrico | Goodix | China |
Duplexer | TDK, Taiyo Yuden | Japão |
Painel de toque | Não identificado | ----- |
Proteção de vidro | Corning | EUA |
Este gráfico que nos chegou pela Fomalhaut Techo Solutions, mostra-nos que para a construção do Huawei Mate 30 Pro, a Huawei não é assim tão dependente dos EUA. O maior problema estão nos serviços Google.
A Huawei pode até não depender do mercado americano, mas os utilizadores (principalmente europeus) precisam quase obrigatoriamente dos serviços Google para ter uma utilização de qualidade.
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