Se tal como eu conseguires aquele tempinho para seguir atentamente o mundo das séries, certamente já ouviste falar de Westworld. A nova série do canal americano HBO estreou no passado domingo e a expectativa em torno desta série é tanta que chega a ser mesmo considerada como a sucessora de Game of Thrones.
Só pelo facto de Westworld contar com nomes como J.J. Abrams e Jonathan Nolan na produção da mesma faz logo com que muita gente olhe para ela como algo a ter em conta, não fosse o histórico destes dois senhores da sétima arte. Depois a premissa da mesma tem um enorme potencial. Para quem não sabe, a série baseia-se num clássico de 1973, com o mesmo nome, e retrata um parque de diversões futurista habitado por robots com inteligência artificial.
Se nunca viste o filme original de Michael Crichton, aconselho-to a ver antes de te aventurares neste resnascer do mundo do faroeste, pois assim conseguirás entender melhor as transições feitas entre o mundo ficcional e os bastidores do mesmo.
Depois de ter visto o episódio piloto de Westworld, posso dizer que fiquei muito agradado com o que vi. A premissa, tal como já disse antes, é muito boa, mas a forma como poderá vir a ser explorada era o que me deixava com o pé atrás, em especial depois de ver o filme original. Mas, para meu contentamento, J.J. Abrams e Jonathan Nolan fizeram um excelente trabalho e entregam-nos, nesta primeira hora, uma excelente e prometedora abordagem.
Para meu contentamento eles focaram-se em primeiro lugar no funcionamento de Westworld e nas rotinas dos seus protagonistas. Sim, no fundo os habitantes permanentes deste mundo são criaturas concebidas para serem rotineiras, mas a intervenção dos visitantes é o que certamente irá fazer mudar essas mesmas rotinas.
De que forma poderão ser modificadas essas rotinas? Ora, isso dependerá de cada um dos intervenientes e a primeira grande mudança nos planos dos criadores destas rotinas (vista neste primeiro episódio) é muito caricata de se ver e abre o apetite para o futuro.
Depois temos ainda a questão da Inteligência Artificial e até que ponto estes seres robóticos não serão capazes de aprender com os seus hábitos. mesmo vendo a sua memória ser reiniciada todos os dias. Aliás, este será o principal vetor desta história, quando os robots, após uma atualização do seu software, começam a apresentar comportamentos que fogem ao que seria de esperar.
Agora para responder à pergunta que coloquei inicialmente, é ainda muito cedo para afirmar se a HBO já encontrou a verdadeira sucessora para Game of Thrones. O certo é que o potencial é muito, as interpretações são elas de fazer uma vénia (não fosse o elenco de luxo recrutado) e a banda sonora é também ela digna de louvor (fiquei logo apaixonado pelo genérico). Existe ainda muita coisa para desenvolver e novas temáticas têm de ser adicionadas à narrativa sob pena de esta cair numa constante repetição.
Enquanto não chega a nova temporada de Game of Thrones, a minha recomendação, das séries estreantes deste ano, é mesmo Westworld.
Talvez queiras ver: