Donald Trump assinou uma ordem que proíbe as empresas norte-americanas de fazer negócios com a Huawei e os resultados estão há vista. Esses estão já a ter efeitos positivos para as concorrentes da chinesa, sobretudo a Samsung e Xiaomi.
Segundo o que avança a Reuters, o site de comparação de preços PriceSpy (semelhante ao KuantoKusta) reporta uma queda no número de pesquisas por equipamentos da Huawei. Em contrapartida, a Samsung e a Xiaomi estão no sentido inverso.
De acordo com os dados da PriceSpy, a Huawei recebeu quase metade dos cliques que havia recebido na semana anterior à ordem de Donald Trump, isto só no Reino Unido. Já quando olhamos para o mercado global, a sua popularidade caiu cerca de 26%.
Samsung e Xiaomi ganham com as polémicas da Huawei
Como resultado dos números acima descritos, a Samsung viu a sua popularidade crescer 13%. A sul-coreana é a única empresa que separa a Huawei do topo do mercado, mas com estes resultados o fosso pode começar a crescer ainda mais.
Já a Xiaomi, conterrânea da Huawei, viu o interesse da parte dos utilizadores crescer 19% nos últimos quatro dias. Mais uma vez referido que estes são dados de um site de comparação de preços, mas que espelham o interesse dos consumidores em alguns produtos.
Importa igualmente notar que o PriceSpy compila dados da Finlândia, França, Irlanda, Itália, Nova Zelândia, Noruega, Suécia e Reino Unido. Portanto, podemos ver que as conclusões retiradas têm como base um bom leque de países, um deles mesmo fora do continente europeu.
A fonte faz ainda referência aos problemas que este cenário poderá trazer à Huawei a longo prazo. Ainda é cedo para tirar conclusões sobre esse temática, mas poderá vir a ser difícil para a chinesa recuperar dos males que esta decisão já lhe está a causar.
Proibição da Huawei nos EUA poderá ser levantada
Todas as empresa norte-americanas estão, atualmente, proibidas de negociar seja o que for com a Huawei. No entanto, Donald Trump já abriu a porta a uma eventual mudança na lei.
O presidente dos EUA já admitiu que a tecnológica chinesa poderá vir a ser usada como moeda de troca nas negociações com a China. Ou seja, caso o governo de Pequim ceda às exigências dos EUA, a Huawei poderá voltar a ter permissão para negociar com a Google, Intel, Qualcomm e muitas outras que já cortaram relações com ela.
Mas este último cenário é apenas hipotético, neste momento. Nada nos garante que tal possa suceder e mesmo que aconteça, ninguém sabe quais os danos que já estarão feitos à reputação da Huawei aquando desse momento.
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