O multi-milionário e líder do grupo Samsung, Jay Y. Lee, foi condenado a 5 anos de prisão pela prática de corrupção e suborno. A sentença foi proferia na passada sexta-feira, tal como avança a agência Reuters. A Coreia do Sul tem atravessado vários escândalos de corrupção por parte das maiores famílias dominantes e respectivos conglomerados industriais.
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A decisão foi conhecida após um processo que durou 6 meses no decurso dos quais o então presidente do grupo Samsung, Park Geun-hye, acabou por abandonar o posto. Foi ainda provado que Jay Y. Lee terá pago inúmeros subornos a Park Geun-hye para que, futuramente pudesse pedir os favores que entendesse por bem.
Escândalo envolve o herdeiro do grupo Samsung
O tribunal considerou Lee culpado de ocultar bens e posses no estrangeiro e de perjúrio (mentir ou deturpar a verdade em tribunal). Jay Y. Lee (imagem de topo) tem 49 anos e é o herdeiro de um dos maiores impérios industrias do mundo.
Desde fevereiro passado que se encontrava em prisão preventiva com base nas acusações de corrupção e suborno de Park Geun-hye para que este ajudasse Lee a assegurar o seu controlo do conglomerado de empresas que compreende todo o império da Samsung Eletronics, a maior construtora de smartphones e de chips e outros semi-condutores. A Samsung tem ainda uma forte presença no mercado de eletrodomésticos, hotéis e até mesmo seguros.
Lee saiu do tribunal intrépido e sereno, de fato escuro mas sem gravata. Na sua mão seguia uma pasta de documentos enquanto foi conduzido pelos oficiais de justiça até ao centro de detenção onde permanecerá.
"Este caso entrelaça Lee Jae-yong e os executivos do grupo Samsung que tem estado a preparar a questão da sucessão da liderança do grupo, subornando o atual presidente para que Lee garanta o seu lugar como futuro líder" - declarações do tribunal central de Seul.
Jay Y. Lee, herdeiro do grupo Samsung, irá recorrer da decisão.
A condenação de 5 anos de prisão efetiva é uma das maiores aplicadas a um líder industrial sul-coreano. Note-se que este país é dominado pelos grandes conglomerados industriais ou chaebols que tanto reunem louvores por terem transformado a Coreia do Sul num dos principais motores mundiais de tecnologia.
Por outro lado estes grandes grupos também tem enfrentado várias críticas pelas suas prática anti-conconcorrênciais e por sufocar as novas start-ups e pequenas empresas, ditando todo o ritmo da economia sul-coreana.
Note-se que a Samsung é o símbolo de um país que emergiu da pobreza e da guerra que devastou a península coreana entre 1950 e 1953, um conflito cujas feridas ainda hoje são bem visíveis e que, para todos os efeitos ainda não terminou pois nunca chegou a ser assinado um tratado de paz entre ambas as coreias.
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O líder de todo o grupo Samsung já afirmou que iria recorrer da decisão. Estaremos a acompanhar os futuros desenvolvimentos deste delicado tema.
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