Depois de um Galaxy Z Fold6 que, apesar de competente, soube a pouco e continuava atrás da concorrência em pontos-chave como o design, a Samsung ouviu as críticas. O novo Galaxy Z Fold7 chegou e, depois de o testar, posso dizer-te que este é o salto de gigante que esperávamos.
É mais fino, mais leve, tem um ecrã exterior bem mais usável e uma câmara principal de topo. Mas esta evolução vem com um preço mais alto de 2169€ e alguns sacrifícios difíceis de engolir. Se tens um Z Fold6, a pergunta é: vale a pena o upgrade?
O design é a grande revolução
Vamos diretos ao ponto que mais vais notar: o design. O Z Fold6, com os seus 12,1mm de espessura fechado fazia a diferença no bolso. O Z Fold7 dá um passo de gigante. Com apenas 8,9 mm fechado e 4,2 mm aberto, e a pesar 215 gramas (mais leve que um S25 Ultra), a Samsung conseguiu finalmente criar um Fold que se sente como um smartphone normal quando está fechado. A diferença na mão e no bolso é abismal. Se a portabilidade e o conforto do Z Fold6 te irritavam, o Z Fold7 resolve isso de forma brilhante.
Ecrã exterior bem mais usável
O ecrã exterior do Z Fold6 era demasiado alto e estreito, tornando a tarefa de escrever uma mensagem um exercício inferior ao de um smartphone dito "normal". No novo modelo, o ecrã AMOLED de 6,5 polegadas tem um rácio de aspeto muito mais largo e tradicional. Ou seja, é muito mais fácil e agradável de usar fechado. Pela primeira vez, podes passar grande parte do dia sem sequer sentires a necessidade de o abrir, e isso, para mim, é o maior elogio que se pode fazer a este ecrã.
Câmara e o salto para o nível "Ultra" (mas só a principal)
A Samsung decidiu finalmente dar ao seu dobrável de topo a câmara que ele merece. O Z Fold7 herda o sensor principal de 200MP do Galaxy S25 Ultra, e os resultados são fantásticos. As fotos são ricas em detalhe e com as cores vibrantes a que a marca nos habituou. No entanto, o upgrade ficou-se por aqui. A câmara ultra grande-angular e a teleobjetiva (com zoom ótico de 3x) são semelhantes às da geração anterior. São competentes, sim, mas não têm a qualidade "Ultra" que se esperaria num telemóvel de 2169 €.
Os pontos que não melhoram (ou pioram)
É aqui que a decisão do upgrade se complica. Para o tornar mais fino, a Samsung manteve a bateria de 4400 mAh e o mesmo carregamento lento de 25 W com fios. Embora o novo processador Snapdragon 8 Elite seja mais eficiente e a autonomia, seja ligeiramente melhor, continua a ser um ponto fraco face à concorrência. Mas ainda assim um ponto forte face ao antecessor.
Mas a decisão mais polémica foi o abandono do suporte para a S Pen. Num dispositivo focado em produtividade, que se transforma num tablet de 8 polegadas, retirar a funcionalidade que o tornava único para tirar notas, desenhar ou trabalhar, é um passo atrás. Se és um utilizador intensivo da S Pen no teu Z Fold6, o upgrade para o Z Fold7 será, neste aspeto, um downgrade.
Devo trocar o meu Z Fold6 pelo Z Fold7?
Após pesar todos os prós e contras, a minha opinião é a seguinte. O upgrade para o Galaxy Z Fold7 vale a pena se:
- Estás farto do peso e da espessura do teu Z Fold6 e queres um dobrável que seja verdadeiramente prático para usar no dia a dia;
- O ecrã exterior estreito do Z Fold6 é um dos teus maiores pontos de frustração;
- Valorizas ter a melhor câmara principal possível num dobrável.
No entanto, não faças o upgrade (ou pensa duas vezes) se:
- És um utilizador intensivo da S Pen. Vais perder a tua ferramenta de produtividade mais importante;
- Esperavas uma revolução na autonomia da bateria ou na velocidade de carregamento. As melhorias são marginais;
- O teu orçamento é limitado. O Z Fold7 é mais caro que o seu antecessor.