Ser o primeiro. Aquele que mais vende. Mais surpreende ou simplesmente ser o primeiro para que outro não tome o nosso lugar. Essa parece ser a grande preocupação das fabricantes durante as suas apresentações. Assim sucedeu com a apresentação dos Samsung Galaxy S9. Todavia, agora que os novos produtos já foram apresentados, a marca tem novas prioridades.
Depois de desenvolvidos, preparados e apresentados os Samsung Galaxy S9 está na hora de re-definir não só o smartphone mas também os objectivos da marca. As agências de análise de mercado atribuem-lhe, em uníssono o primeiro lugar do ranking das maiores fabricantes mundiais de dispositivos móveis. Agora, é hora de procurar novos objectivos e desafios.
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Com efeito, depois do Samsung Galaxy S9, a marca está à redefinir a sua estratégia. Não quer isto dizer que a marca está "farta" do primeiro lugar mas sim que aproveitará esta posição confortável para agora se dedicar ao desenvolvimento de produtos revolucionários. Ou pelo menos, produtos que quebrem o atual status quo da indústria.
Esta mudança de postura foi reiterada por DJ Koh, o chefe da divisão móvel da fabricante sul-coreana durante uma conferência de imprensa em Barcelona. Pouco depois da apresentação dos Samsung Galaxy S9 no Mobile World Congress (MWC), Koh afirmaria que a marca tem estado obcecada com a necessidade de serem o número 1.
Primeiro lugar deixa de ser a única prioridade da Samsung
A necessidade de serem a primeira fabricante a trazer uma nova tecnologia, de serem o primeiro no mercado, o nº1 em todo o mercado mobile. Acrescentou que isso vai mudar. A partir de agora focar-se-ão em desenvolver novos produtos, mais significativos. Produtos que possam efetivamente fazer avançar toda a tecnologia que pauta o mercado de dispositivos móveis.
Sensor embutido no próprio ecrã:
Os comentários de DJ Koh surgiram em resposta às questões dos jornalistas, estes inquiriam Koh sobre os próximos lançamentos da marca. Questionaram o líder do departamento mobile sobre a resposta da Samsung às investidas das rivais Chinesas. Marcas de menor dimensão que, por exemplo, já possuem o leitor de impressões / sensor biométrico embutido no ecrã. Algo em que a Samsung tem vindo a estudar há vários meses / anos mas que até agora ainda não resultou em novos produtos com esta solução.
"Nós começamos a desenvolver dispositivos móveis antes das empresas chinesas. Estávamos obcecados em ser o nº1 no mundo. Em ser o primeiro. O líder da indústria em vez de pensar em como é que a inovação pode ser significativa e ter um impacto positivo nos consumidores." - avança Koh. O diretor do departamento móvel da Samsung termina ao afirma que ser o primeiro já não é importante hoje em dia.
A estratégia da Samsung passará por lançar novos produtos que tenham um impacto significativo e positivo na vida e no dia-a-dia dos consumidores. Lançamentos feitos na hora certa, no momento exato.
Ser o primeiro em tudo já não é a prioridade da Samsung
Em última análise isto significa que a Samsung não lançará novos produtos com novas tecnologias só porque pode. Só para ser o primeiro produto com X tecnologia.
Se assim o desejasse, a Samsung já poderia ter empurrado o seu leitor de impressões digitais embutido no ecrã para os consumidores. Ou até mesmo um ecrã dobrável. Todavia, os produtos ainda não estão maduros o suficiente para uma distribuição generalizada. Tudo a seu devido tempo.
Koh terminou as suas declarações quando reiterou esta alienação face à obsessão com o primeiro lugar. Fê-lo em resposta às questões sobre o altifalante inteligente da Samsung com a assistente virtual Bixby. Koh afirmou que este chegará quando estiver pronto com qualidade de topo. Não antes. Não depois. Apenas quando estiver perfeito. O produto em si deverá chegar na segunda metade do ano.
Qual a vossa opinião sobre esta nova estratégia da Samsung?
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