Samsung Galaxy A25
Ecrã: 6,5 polegadas, 120 Hz, 1000 nits
Bateria: 5500 mAh, 65 W
Processador: Exynos 1280
Câmaras: 50 MP + 8 MP + 2 MP
O atual foco da Samsung são as novas funcionalidades IA trazidas pela série Galaxy S24. É conhecido o sucesso do universo Galaxy IA que está também a ser aplicado a outras áreas de eletrónica de consumo do vasto portefólio da marca.
Mas a gigante sul-coreana continua a apostar no segmento de entrada e média gama no mercado de smartphones, com vários lançamentos a serem feitos de forma discreta. Um desses lançamentos trouxe para o mercado o Galaxy A25 que testámos nas duas últimas semanas. Agora é o momento de partilhar contigo uma experiência sólida, mas que não leva ninguém a apaixonar-se loucamente.
Unboxing rápido
O unboxing do Samsung Galaxy A25 é dos mais rápidos que alguma vez fiz. A marca é, aliás, conhecida pelo minimalismo nos itens incluídos nas suas caixas de venda e este modelo não é a exceção a esta regra.
Abrimos e temos o smartphone envolto num papel protetor, um cabo de carregamento e um pequeno manual de instruções. Rápido, simples e bastante intuitivo. Os poucos elementos presentes são autoexplicativos e não precisam de grande tempo para a descoberta.
Sem surpresa, não há carregador. Mas o modelo carrega facilmente com qualquer carregador de terceiros compatível com o carregamento de 25 watts para o qual está preparado. A Samsung impulsiona assim os consumidores a reciclarem carregadores mais antigos e, pessoalmente, não vejo problemas nisso.
Claro que este unboxing não fornece aquela sensação de retirar peça a peça da caixa com a expetativa a aumentar. Para quem gosta de desembrulhar tecnologia, este unboxing peca por ser simples. Mas há que admitir que prima pela eficiência e sustentabilidade.
Design divide opiniões
Comecemos por analisar o design, colocando já um pré-aviso: trata-se de um smartphone acessível com especificações e apontamentos de estilo mais modestos. Como tal, o painel traseiro está construído em plástico. Parece ser resistente a algumas aventuras, mas definitivamente não está preparado para experiências radicais.
É também um pouco escorregadio, por isso parece ser melhor arranjar uma capa protetora para evitar percalços. O modelo está disponível em três cores diferentes. Testámos a opção Blue Black, com ênfase no azul, como é possível nas imagens. O Galaxy A25 apresenta uma espécie de padrão quadriculado neste painel.
Mas o mais curioso é que este padrão é bastante visível nas fotografias aqui mostradas, mas não quando o estamos a ver ao vivo. Outra curiosidade é que o quadriculado divide opiniões. Eu gosto, pois confere-lhe um apontamento de design diferenciador. Mas ouvi opiniões contrárias que afirmam que não acrescenta valor e que um painel liso conferia mais elegância. Gostos não se discutem, certo?
Este painel é propício a dedadas, mas quando as tentamos remover com um pano, por vezes, estas transformam-se em manchas persistentes e difíceis de fazer desaparecer. Recomenda-se a utilização de uma capa protetora – transparente para quem apreciar o tal polémico quadriculado.
Com 197 gramas, não é o smartphone mais leve do mundo, mas também não é o mais robusto e, mais uma vez, estamos a falar de um modelo com preço mais acessível e menos exigências em alguns pontos.
Entrada para auscultadores e leitor de impressões digitais caprichoso
Neste terminal, a Samsung integrou na zona inferior, uma entrada para auscultadores. Esta é uma característica bem-vinda para o segmento de mercado em que se posiciona. Nem todas as carteiras podem abrir-se para a compra de uns auscultadores sem fios compatíveis.
Outro elemento novo é a Key Island, designação dada pela própria Samsung. Na lateral direita do modelo, os botões de ligar/desligar e volume estão elevados e, na prática, esses dois botões são a Key Island.
O facto de estarem elevados facilita a sua utilização. Nem precisamos de olhar para “dar” com os botões e baixar o volume, por exemplo.
No botão ligar/desligar está também embutido o leitor de impressões digitais. O processo de inserir a minha impressão digital foi rápido e eficiente, mas a sua utilização ao longo do tempo foi caprichosa.
Regista um ligeiro compasso de espera entre o toque e o desbloqueio através da impressão. Mas, por vezes, não reconhece a impressão digital. Tentei posicionar o dedo de várias formas para facilitar a vida a este leitor, mas tanto era bem-sucedida como tinha de recorrer a outras formas de desbloquear o terminal.
Ecrã: o ponto forte do Galaxy A25
No ecrã a Samsung não poupou esforços ainda que algumas das especificações sejam mais modestas. Como a resolução que se fica pelos 2340 por 1080 pixéis, mas que é suficiente para lidar bem com vídeos, jogos e séries, menos exigentes.
A taxa de atualização é de 120 Hz e este é um ponto muito positivo neste segmento de mercado, assim como os 1000 nits de brilho máximo. Aliás, como é possível ver na imagem, num dia quente de primavera com bastante luz solar, a leitura do ecrã foi bastante boa.
O Super AMOLED de 6,5 polegadas mostra, de forma bastante explícita, os widgets e não obriga a alguma ginástica de posicionamento para uma visualização melhor do conteúdo.
Não é um ecrã infinito e a visualização em ecrã inteiro fica marcada pelas laterais de alguma dimensão. Mas novamente o mesmo pré-aviso: este é um smartphone acessível e modesto.
Ainda assim, o desempenho do ecrã é um dos pontos fortes deste terminal que conta também com o modo Eye Comfort Shield para redução da emissão de luz azul.
Em resumo, no seu segmento de mercado, o Galaxy A25 arrisca-se a ter um melhores ecrãs do momento. O painel fornece imagens com cores vivas e precisas e funciona bem, mesmo fora de portas num dia radioso.
Uma palavra para a qualidade de som fornecida pelo Galaxy A25. O modelo entrega um som estéreo melhor do que esperado, dentro do que é costume nos smartphones mais acessíveis, até porque tem colunas nas zonas superior e inferior. Não conquista audiófilos, mas para os vídeos e mensagens multimédia que recebemos diariamente tem boa qualidade e não desilude.
Desempenho razoável e boa política de atualizações
O Galaxy A25 está equipado com o processador Exynos 1280 e o modelo testado contava com 6 GB de memória RAM e 128 GB de capacidade no armazenamento interno. Comecemos por admitir o inevitável, este chip não é o mais recente do mercado.
Ainda assim, continua a fornecer um desempenho razoável, capaz de lidar com as solicitações diárias de todos os utilizadores. Mas falamos de uma utilização moderada, nada de pedir tarefas exigentes como edição de vídeo. Mais uma vez, estamos perante um smartphone acessível e a avaliação tem de ser feita sempre com este conceito em mente.
Tanto o processador Exynos como os 6 GB de memória RAM lidam de forma eficiente com as tarefas que o comum dos utilizadores solicita. Agora, os 128 GB de armazenamento interno parecem escassos para a quantidade de fotos que captamos e, sobretudo, que recebemos via aplicações de conversação.
Mas atenção o Galaxy A25 tem também disponível uma variante com 256 GB e essa será uma opção melhor para todos os utilizadores que quiserem evitar uma limpeza frequente aos ficheiros multimédia recebidos.
Agora a parte do software. Este modelo executa One UI 6.0, baseada no sistema operativo Android 14. Por um custo bastante acessível, dá acesso ao mais recente sistema operativo da Google. Mas as notícias melhoram.
A Samsung é conhecida pela sua simpática e generosa política de atualizações. O Galaxy A25 está abrangido por quatro anos de grandes atualizações de software e por cinco anos de patches de segurança.
Este é outro dos grandes argumentos de compra para este terminal, visto que graças a estas atualizações terá, pelo menos, quatro anos de vida útil.
Melhora ainda mais se acrescentarmos o suporte para comunicações 5G. Este é um smartphone com um preço acessível à maior parte das carteiras que está preparado para a geração móvel que está já na fase de massificação.
Bateria para um dia inteiro e até mais
Já o dissemos. O Galaxy A25 não inclui carregador na sua caixa, mas é compatível com carregadores de terceiros. Para aproveitar o suporte de 25 watts integrado, é recomendável usar um que seja compatível e certificado pela Samsung.
Demora um pouco a carregar. Em 30 minutos ligado à corrente pouco passou dos 30%. Mas, em contrapartida, a bateria de 5000 mAh incluída tem autonomia para um dia inteiro e até mais.
Por experiência, constatei que com um uso moderado, o Galaxy A25 acompanhou-me um dia e meio. Para utilizadores com uma vida ativa e acesso mais reduzido a carregamentos, este é o companheiro ideal.
Boas fotos que não deslumbram
Como smartphone acessível que é, o Galaxy A25 cumpre com o que lhe é pedido, mas não consegue deslumbrar. E a câmara traseira é o melhor exemplo disso. O módulo é composto por um sensor primário de 50 megapixéis e estabilização ótica de imagem, um ultra angular de oito megapixéis e um sensor macro com dois megapixéis.
As fotos tiradas durante o dia têm boa qualidade, não sendo fantásticas. O mérito é todo do sensor principal, os restantes sensores pecam por falta de detalhe e nitidez. Em boas condições de luminosidade, lida bem com as sombras e apresenta o nível de detalhe e precisão nas cores esperado.
Com o modo noturno ligado, surpreende ao lidar bem e gerir ainda melhor a fraca luminosidade oferecida pela iluminação urbana. Mas quando nos aproximamos mais o objeto central da fotografia, falta detalhe e nitidez na imagem.
A câmara frontal de 13 megapixéis fornece imagens de qualidade mediana, mas que respondem aos habituais requisitos das redes sociais.
Em resumo, o Galaxy A25 não é, nem pretende ser um modelo direcionado para a fotografia, mas tem capacidade para entregar resultados satisfatórios que podem ser publicados nas plataformas digitais, sem envergonhar ninguém.
Notas finais
O Galaxy A25 tem de ser avaliado tendo sempre em mente que é um smartphone acessível com atributos modestos. Para quem tem orçamentos mais limitados, tem aqui uma opção a considerar. Por 249 €, o modelo fornece um desempenho sólido, uma câmara que serve para ocasiões menos exigentes e uma autonomia que excede um dia inteiro.
Melhor: por 249 € temos um smartphone na mão com suporte para comunicações 5G e atualizações de software durante quatro anos. Estes dois pontos aliados dão-lhe uma esperança de vida útil de, pelo menos, quatro anos a funcionar bem.
O design pode fazer virar cabeças, sobretudo pelo quadriculado do painel traseiro dividir opiniões. A construção menos robusta pode exigir o investimento adicional numa capa protetora, assim como a ausência de carregador na caixa de venda.
Contas feitas, o Galaxy A25 cumpre com tudo o que lhe proposto no segmento de mercado em que está posicionado, mas falta-lhe o fator X que leva os utilizadores a apaixonarem-se.
Samsung Galaxy A25
Ecrã: 6,5 polegadas, 120 Hz, 1000 nits
Bateria: 5500 mAh, 65 W
Processador: Exynos 1280
Câmaras: 50 MP + 8 MP + 2 MP
