Os smartphones topo de gama da Apple e da Samsung em 2025 continuam a ser máquinas impressionantes em quase tudo. Menos num aspeto que teima em não evoluir: a capacidade da bateria. Continuamos a ver os mesmos 4400-5000mAh de há vários anos, enquanto os ecrãs 120Hz cada vez mais brilhantes, a gravação de vídeo 4K e o processamento de Inteligência Artificial no dispositivo exigem cada vez mais energia.
O resultado são posições nos rankings de autonomia do DXOMark, onde as marcas chinesas, com baterias bem maiores, dão cartas. Para quem paga mais de 1000 euros por um telemóvel "Pro" ou "Ultra", esta teimosia em não aumentar a capacidade da bateria começa a ser difícil de justificar, como refere o Gizmochina.
Baterias de silício-carbono são o presente
O argumento do "design fino" já não convence, especialmente quando a tecnologia de baterias de silício-carbono já anda por aí e está a ser usada pela concorrência. Estas baterias permitem mais 20% de densidade energética (ou seja, mais capacidade no mesmo espaço físico), além de suportarem carregamentos mais rápidos com menor degradação.
Ignorar esta evolução e continuar com químicas de bateria mais antigas, só porque sim, parece uma oportunidade perdida.E não, carregamento rápido (área onde a Apple e a Samsung também não são propriamente as campeãs) não é a solução para tudo. É bom tê-lo, mas não nos safa se não houver fonte de carregamento por perto.
Em 2025, o smartphone é uma ferramenta essencial que usamos intensivamente do acordar ao deitar. Os utilizadores estão cansados de andar com power banks atrás ou de ver a bateria a desaparecer a meio da tarde. A verdade é que muitos já começam a olhar para outras marcas que levam a autonomia mais a sério.
Para a Apple e Samsung, está mais do que na altura de darem um passo em frente significativo na capacidade das baterias dos seus topos de gama. Já não é só uma questão de números numa tabela de especificações, é uma questão de ir ao encontro das necessidades reais de quem investe (e bem) nos seus produtos.