A Rússia fez um ultimato à Google: ou a empresa americana melhora os seus filtros de conteúdos, ou vai ser prejudicada em termos de tráfego naquele território. A garantia foi dada pelo Roskomnadzor, o organismo que supervisiona as comunicações no país.
"A Google não cumpre a sua obrigação de excluir dos resultados de pesquisa links com informação proibida no nosso país. Em média, 20 a 30 por cento desses linksnão são removidos, incluindo sites de organizações terroristas e extremistas, imagens pornográficas com menores e lojas de drogas online", referiu um porta-voz do Roskomnadzor à TASS, agência de notícias russa.
Rússia diz que o Twitter removeu 91% dos conteúdos proibidos e quer que a Google faça o mesmo.
Em tom de ameaça, a Rússia promete travar o tráfego dos serviços da Google no país caso não veja ações por parte da gigante norte-americana e deu mesmo o exemplo do Twitter, que acatou as recomendações russas.
"Depois de o Twitter remover 91 por cento da informação proibida a pedido do Roskomnadzor, a Google subiu ao primeiro lugar em termos de conteúdos ilegais não apagados, que agridem diretamente os utilizadores russos", acrescenta a mesma nota, que promete multas a rondar os 45 mil euros.
Esta não é a primeira vez que a Rússia impõe medidas aos produtores/agregadores de conteúdos online. Para além do Twitter, também o Facebook e o YouTube já estiveram na base de conflitos com o país. Recentemente, o Tik Tok foi condenado ao pagamento de uma multa por não ter removido vídeos alegadamente relacionados com protestos considerados ilegais na Rússia.
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