Estarão os jovens cativos das redes sociais e dos smartphones?

Rui Bacelar
Rui Bacelar
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Os smartphones chegaram para simplificar o nosso dia-a-dia, pelo menos essa era a acepção que me fez debruçar seriamente sobre o mundo da tecnologia móvel. Todavia, assistimos a uma crescente dependência destes dispositivos bem como das redes sociais.

Certo é que estes equipamentos já se tornaram num objecto de cobiça e em verdadeiros companheiros indispensáveis no dia-a-dia. Por certo nenhuma outra faixa etária está tão dependente destes "brinquedos" do que os jovens millenials.

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Com a finalidade de sondar os hábitos dos mais jovens a agência Common Sense Media recolheu a opinião de 1,413 participantes. Todos eles entre as idades de 13 a 17 anos, todos eles residentes nos Estados Unidos da América.

Em primeiro lugar a percentagem de adolescente que atualmente possuem um smartphone ou smartphones cresceu consideravelmente face à última sondagem. Nesse sentido, os dados anteriores referiam-se a 2012 quando "apenas" 41% dos jovens tinha um dispositivo móvel - smartphone. Esta cifra subiu para 89% em 2018, tal como seria de esperar.

Smartphones e redes sociais cada vez mais populares

Em segundo lugar a utilização das redes sociais também subiu consideravelmente face aos valores de 2012. Atualmente 70% dos jovens inquiridos utilizam uma ou várias redes sociais ao passo que em 2012 esta cifra se ficava nos 34%. Em 6 anos vemos um grande crescimento quer na utilização de smartphones quer na adesão às redes sociais, sendo esta a forma favorita de comunicar. Ademais, a comunicação cara a cara está longe de ser a favorita, recaindo agora a preferência sobre a comunicação escrita - mensagens.

De maneira idêntica podemos ver também um forte crescimento e adesão à comunicação por vídeo-chat ou videochamadas. Algo que reflete a melhoria gradual dos smartphones bem como a democratização do acesso à internet.

As redes sociais são um ponto fulcral do dia-a-dia...

Olhando agora para cada uma das redes sociais podemos ver claramente que o Facebook não é a rede favorita. Em boa verdade, apenas 15% dos inquiridos escolheram este meio como a sua rede social favorita e principal.

A preferência recai sobre o Snapchat com 41% das escolhas, seguida pelo Instagram com 22%. Em suma, estas são atualmente as redes sociais que mais atraem os jovens ainda que a escolha do Snapchat possa surgir como uma surpresa.

De igual modo importa frisar que mais de metade dos inquiridos admite que as redes sociais os distraem. Seja dos seus trabalhos de casa bem como de outras tarefas ou simplesmente prestar atenção às pessoas que os rodeiam.

Jovens têm noção de que passam demasiado tempo nos smartphones

Do mesmo modo, 42% dos participantes admitem estar cientes de que as redes sociais e os smartphones os impedem de estar pessoalmente com os seus amigos. De fato, esta mesma percentagem admite passar demasiado tempo nos seus smartphones.

Todavia, grande parte dos inquiridos atribui as culpas às redes sociais e demais aplicações para smartphones. Com 72% dos jovens a apontar o dedo à manipulação dos utilizadores para que estes passem cada vez mais tempo online.

Em suma, cientes dos seus hábitos, os jovens acabam por atribuir um impacto positivo às redes sociais. Cerca de um quarto dos inquiridos afirma que as redes sociais os fazem sentir menos isolados. Já 16% afirma que esta realidade os faz sentir menos deprimidos.

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Rui Bacelar
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O Rui ajudou a fundar o 4gnews em 2014 e desde então tornou-se especialista em Android. Para além de já contar com mais de 12 mil conteúdos escritos, também espalhou o seu conhecimento em mais de 300 podcasts e dezenas de vídeos e reviews no canal do YouTube.