Outrora uma potência na indústria de tecnologia, a Intel enfrenta agora uma das fases mais negras da sua história, perdendo a sua posição dominante nos mais variados nichos deste mercado.
Ao que parece, Bob Swan, o CEO da Intel, está na porta de saída da companhia, não resistindo aos sucessivos golpes que a tecnológica de Santa Clara tem sofrido nos últimos meses.
CEO da Intel não resiste às dificuldades da empresa
O Conselho Administrativo da Intel estará a considerar três possíveis substitutos para Swan, mas não revela quais os nomes em cima da mesa.
Talvez mais importante fosse perceber se o atual CEO está de saída por vontade própria ou se estará a ser empurrado para fora da empresa, depois de, nos últimos anos, a Intel ter sido ultrapassada por quase todas as concorrentes.
No que aos processadores diz respeito, a Intel procura abandonar o processo de fabrico de 14nm para abraçar os tão ambicionados 10nm, mas isso tem-se revelado extremamente difícil para a equipa azul.
Os processadores Cannon Lake estão ainda longe de preparados para chegar ao consumidor final, o que implica que a transição para os 7nm que a AMD já usa estará adiada por, pelo menos, mais 12 meses. Rocket Lake chega em 2021, mas recorre a uma versão "afinada" do processo de fabrico de 14nm.
Intel em crise por culpa própria
Primeiro foi a AMD que aproveitou o facto da Intel ter adormecido à sombra do sucesso, recuperando a liderança do mercado de processadores para desktop. Vários investidores têm vindo a relatar que, caso as duas marcas consigam cumprir os seus calendários previstos, apenas em 2025 a Intel conseguirá recuperar em relação à empresa liderada por Lisa Su.
Outro rude golpe foi desferido pela Apple, que em novembro confirmou aquilo que já tinha revelado no início deste ano. A transição para os processadores Apple Silicon implicou o fim da parceria com a Intel, apesar das duas empresas manterem uma relação saudável durante uma fase de transição.
Mais recentemente, foi a vez da Microsoft anunciar a sua intenção de fabricar os seus próprios processadores para os computadores Surface e servidores, quando até agora se servia maioritariamente dos CPUs da Intel.
O novo CEO deve ser anunciado nos primeiros meses de 2021, e terá de tomar decisões difíceis num curto espaço de tempo, caso queira reverter rapidamente a estratégia atual, que parece colocar a Intel numa situação mais difícil a cada mês que passa.
Será imperativa uma reaproximação entre a marca e os consumidores, ligação que há muito se perdeu, especialmente no espaço dos entusiastas por hardware informático.
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