Recentemente, falou-se acerca da divulgação de cerca de 2 500 documentos internos da Google. O problema é que a empresa confirmou mesmo a autenticidade dessas suspeitas, que levantam algumas questões de segurança acerca da Google.
De acordo com a New York Post, há um especialista na área que conseguiu concluir que a empresa não é propriamente transparente com o utilizador, face aos seus utilizadores. Isto porque, no seu entender, a Google “diz uma coisa e faz outra”.
Os documentos vazados permitem conhecer os "ingredientes", mas não a "receita"
Como a mesma fonte refere, é certo que o funcionamento do motor de busca da Google é relativamente desconhecido para o público. Tanto assim é que se torna difícil compreender os critérios que permitem calcular as classificações.
Quem o chegou a advogar foi um funcionário da própria empresa. Em 2016, este funcionário cujo nome não foi identificado pelo New York Post, disse que o mecanismo não “tem uma pontuação de autoridade de site”.
Ainda assim, através dos documentos vazados, torna-se possível detetar alguns fatores importantes no algoritmo da Google. As taxas de cliques, os dados do Chrome e o tamanho do site são alguns dos fatores associados.
Nas palavras de Michael King, CEO do iPullRank, “não temos a receita que o Google está a usar para buscas, mas agora temos uma indicação muito clara de quais são os ingredientes” (via New York Post).
Outra grande acusação que a Google tem sofrido há alguns anos tem a ver com a sua suposta inclinação para a esquerda política. Quem chegou a defender essa mesma teoria foi Robert Epstein, que chegou a alegar que a Google foi responsável por milhões de votos a favor de Hillary Clinton. Sobre o assunto, a Google nega de forma veemente as alegações e assegura que o mecanismo de busca não é politizado.
A Google garante que os documentos vazados não são atualizados
Uma nota que a empresa fez questão de deixar foi que os documentos vazados não são abrangentes nem atualizados face ao que acontece hoje em dia.
Posto isto, continua uma questão por responder: de que forma a Google usou os fatores de classificação? Os documentos não permitem descobrir se a empresa os implementou ou se era um simples teste. Na verdade, podem nem sequer ter sido usados.
Ainda assim, o especialista em SEO Barry Schwartz considera que a informação contida nos documentos tem tanto de interessante como de inconclusiva. No fundo, sabe-se que a Google analisa certos critérios, mas o segredo principal continua: de que forma?
Mesmo assim, King considera que este vazamento é o mais “transparente” que já vimos da Google e acrescenta mais alguma informação à que existia previamente.