Qualcomm lidera mercado dos processadores seguida pela Apple

Carlos Oliveira
Carlos Oliveira
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A Qualcomm continua a liderar o mercado de processadores para smartphones mas o ano de 2017, que agora está a terminar, trouxe-lhe alguns contratempos. Os casos mais flagrantes têm sido os vários processos judiciais que a têm colocado contra a Apple.

As acusações têm partido de ambas as partes e isto poderá levar a que a Qualcomm perca a produção de modems LTE para os iPhone.

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Mais ainda, temos a recente e não solicitada oferta de compra por parte da Broadcom. Esta que é também uma das empresas mais fortes no mercado dos semicondutores tem tentado de forma repetida adquirir a sua concorrente. As ofertas têm sido constantemente recusadas pela segunda mas a Broadcom não quer desistir do negócio, tentando inclusive substituir a conselho de administração da Qualcomm.

Qualcomm lidera este mercado com uma quota de 42%, seguida pela Apple com apenas 20%

Apesar de todos estes percalços, a empresa que produz os processadores Snapdragon continua a ser a mais popular no mercado dos smartphones. Os dados que servem de base a estas conclusões foram disponibilizados pela Counterpoint Research e mostram-nos os principais sujeitos deste mercado entre julho e setembro deste ano.

O líder desta tabela é então a americana Qualcomm, tendo conseguido arrecadar para si 42% deste mercado. Verifica-se aqui um ligeiro crescimento face ao mesmo período do ano passado, altura em que a sua quota de mercado era de 41%.

Em segundo lugar temos então a Apple. Conhecida pelos seus poderosos processadores Ax, a empresa de Cupertino possui 20% do mercado de processadores, o que representa uma queda de 1% face ao período homólogo do ano passado.

Em terceiro lugar surge a Taiwanesa MediaTek com 14% de quota de mercado. Esta empresa asiática sofreu também uma queda na sua presença neste mercado, tendo caído dos 18%. Em quarto e quinto lugar temos a Samsung e Huawei com quotas de mercado de 11% e 8% respetivamente, o que representa um aumento de influência para as duas tecnológicas.

Estes são os dados gerais relativamente ao mercado de processadores para smartphones, onde são incluídas todas as gamas de mercado. Contudo, se olharmos para o mercado dos processadores de gama alta (acima dos 400$), a Qualcomm viu a sua influência diminuir.

Empresas como a Apple, Huawei e Samsung, que apostam cada vez mais nos seus próprios processadores, são as responsáveis por este cenário. O conjunto destas três empresas constituía 20% do mercado em 2015, tendo agora subido a sua influência para os 30%. Obviamente que não só a Qualcomm sai prejudicada com este crescimento, tendo também a MediaTek, Marvell, Broadcom e outras sido visadas.

Em termos monetários, o terceiro trimestre de 2017 proporcionou um total de receitas na ordem dos 8 mil milhões de dólares, um aumento de 19% face ao mesmo período do ano passado. Para Neil Shah, diretor da Counterpoint Research, o foco da industria mudou do número total de núcleos por processador para SoCs dedicados.

Aqui veja-se, por exemplo, a Huawei com o seu Kirin 970 e a sua unidade de processamento neural dedicada, algo que mais empresas deverão adotar no decorrer dos próximos anos.

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Carlos Oliveira
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No 4gnews desde 2015, escreve e acompanha as últimas tendências, sobretudo smartphones, para que os leitores estejam sempre bem informados.