Seis membros do SNP (Scottish National Party) apresentaram uma moção para a proibição da compra e venda agressiva de consolas de jogos e componentes para computador a preços acima do valor de mercado.
A ideia é criar legislação que impeça a atividade conhecida como "scalping," com vista a eliminar um mercado de segunda mão onde se praticam preços exorbitantes e perpetuam condutas prejudiciais ao consumidor comum.
Reino Unido está atento à situação, e Portugal?
Se os maiores prejudicados por esta atividade paralela foram os jogadores que não conseguiram comprar a sua consola de eleição devido à falta de stock, não deixa de ser bom perceber que existem políticos atentos à situação.
Mais ainda, os patrocinadores desta moção falaram em concreto sobre os bots, processos automatizados de forma a garantir pré-vendas, sugerindo que o Governo encontre forma de penalizar a venda de bens adquiridos com recurso a estas artimanhas.
Por cá, apesar das queixas de muitos clientes nos mais diversos retalhistas e plataformas de revenda online, o nosso Governo mantém o silêncio sobre a situação.
O mercado nacional é reduzido, mas isso não justificará algum tipo de passividade por parte das autoridades. Entidades como a DECO também não tomaram ainda posição acerca da problemática, faltando, talvez, uma posição mais assertiva da comunidade de jogadores.
Lançamentos da PS5 e Xbox Series X foram severamente afetados pelos scalpers
Aquando do lançamento das consolas de nova geração, muitos não conseguiram ter acesso ao stock que foi existindo nas lojas online, já que os bots são capazes de contornar as filas dos retalhistas online.
Depois disso, encarregam-se de açambarcar todas as consolas existentes, deixando apenas migalhas para o consumidor comum, que pode apenas reclamar da sua falta de sorte.
Pela internet passearam-se diversas imagens de grupos de scalpers que exibiam orgulhosamente montes de consolas, que prontamente colocavam à venda por valores que chegavam a atingir mais do quádruplo do seu PVP.
Este tipo de comportamento (scalping) não é novo, tendo sido celebrizado pelos revendedores de bilhetes de futebol, concertos e outros eventos a preços acima do tabelado, atividade que agora se pretende determinar como fraudulenta e criminosa.
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